Capitulo 04

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[Han Jisung]

O som soou em sonhos perturbados,
puxando-me para o presente. Um barulho de trovão, o disparo de uma arma, um chicote estalando, correntes no Ar e gritos me trouxeram à tona. Eu estava presa de novo.

Não no porão onde meu pai me manteve por semanas em seu maior pico de loucura. Não com Bang chan,
enquanto ele conduzia minha vida direto para o fundo do poço. As luzes vermelhas brilharam na minha frente, a música alta... tudo se embaralhou quando a dor terrível em
minhas costas trouxe um grito desesperado a minha garganta.

Uma risada forte me fez tremer e o estalo seguiu.

As lembranças começaram a clarear.
Horas antes, quando me peguei no meu pequeno apartamento, desesperado, enquanto contemplava minha própria vida ferrada.
Sozinho por horas, apenas com meus pensamentos errantes, até que tive a certeza de que não existia outra
forma de acalmar a minha cabeça.

Uma busca rápida na internet me trouxe a esse clube, um lugar novo, que eu visitaria uma única vez, só para alimentar essa coisa maldita que crescia dentro de mim. Essa era minha vida. Eu sabia muito bem quando as coisas caminhavam para o descontrole. O desejo surgia apenas como algo pequeno e sutil, como tinha acontecido quando conheci meu último cliente — Minho, e pouco a
pouco, consumia toda minha racionalidade. Eu estava grato por ter terminado o trabalho, e ainda mais, por saber que não o encontraria novamente.

Seria ainda melhor, se isso significasse que eu estava livre, mas assim que cheguei em casa no fim do dia, sem ter nem mesmo a coragem de dizer a ele que estava indo, eu sabia que nunca estaria livre.

Era ridículo, tudo isso, como qualquer aspecto da minha vida. Foram apenas alguns olhares, poucas palavras, e aqui estava eu, em extrema decadência desejando um Alfa que podia ter qualquer Omega que
quisesse.

Bonito, rico e fodidamente sexy. Certamente, eu poderia ter tentado de alguma forma chegar a ele, só que,
do que adiantaria? Isso só me levaria ainda mais fundo em escuridão e derrota.

Eu só precisava de libertação;

desesperadamente. Para seguir em frente, e a encontraria aqui. A ideia parecia racional, até que tive que conversar com homens que nunca vi, sobre preferências e minha experiência sexual. A humilhação só estava crescendo; cada vez mais.
Foi uma atitude impulsiva e desesperada, que parecia
completamente fora de controle agora. Nunca discuti limites antes.

Nunca organizei minha própria cena em um lugar como esse, até porque, com Bang chan, eu nunca tinha
uma palavra a dizer. Ele me dava o que eu queria, e isso era suficiente para que eu me tornasse dócil e resignada a seus caprichos.

Não me permito pensar sobre isso. Não agora. O chicote estala em minhas costas tantas vezes que até
mesmo meu fôlego falha.
Mestre... como é mesmo o nome dele? Hyunjin. Mestre Hyunjin parecia um cara legal. E ingênuo. Precisava ser
assim, alguém que não conseguisse enxergar a mentira em minha cara.

Eu disse ser uma masoquista, só por ser isso que ele estava procurando essa noite. Eu não sou. Para meu azar, ele pareceu perceber isso muito antes do que pensei.

Mordendo os lábios, me impeço de gritar quando o chicote atinge um ponto ferido em minha bunda. Sinto seus movimentos em minhas costas. Risadas abafadas pela música alta.

Seus dedos arranham minha pele, sadicamente, provocando as marcas que ficaram lá. Ele está com raiva.
Ele me disse isso, com todas as letras. Disse que eu estava tentando envergonha-lo. Seu tom é o mesmo terno e firme que Bang chan costumava usar, quando eu tentava fugir dele. Quando eu o dizia que nossa relação era tóxica e doente.

Obsessão (Sagrado Profano) Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora