Cap. 5-VAI, CORINTHANS!

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22 de outubro de 2022

(Gustavo's version)

Depois almoçar, conversamos mais um pouco.
De repente o assunto vira a fazenda da família da Ana.

—Eu tenho que te levar lá! Sério!— diz super empolgada.

Eu já tinha pago a conta há algumas horas. Na verdade, estávamos conversando há muitas horas.

—Eu aguardo o convite.

—Podemos andar de bug, 'cê vai conhecer todos meu animais...— ela continua falando a lista de coisas que poderíamos fazer.— ...andar à cavalo! Você tem que conhecer meus cavalos!—percebe a cara assustada que eu fiz ao falar de cavalos.—O que foi?

—Eu...— ela me olha estranho e começa rir logo em seguida.

—Você não sabe andar à cavalo!—fica rindo da minha cara.
—Eu não acredito!— volta a rir novamente.

—Eu tenho certeza que a dona Michele te ensinou a não rir dos amiguinhos.— reviro os olhos.

—Mas é que eu não imaginava! Como o GUSTAVO MIOTO não sabe andar de cavalo?

—Pelo menos eu vou ter a professora mais bonita do mundo.- dou de ombros. Começo a rir assim que ela ficar vermelha.
Adoro quando eu deixo ela vermelha.
—Quem ri por último ri melhor, Aninha!—digo me levantando da mesa.

—'Cê só sabe jogar assim?— ela se levanta também. —Aí não é justo!

—É que eu não posso jogar com a boca, então tenho que usar palavras.— sussurro em seu ouvido enquanto caminhávamos para a porta do restaurante.
Vejo seu corpo se arrepiar e seu rosto ficar corado.
Adoro quando 'cê fica assim.— seguro a porta para morena passar.

—Assim como?— pergunta indo em direção ao carro.

—Quando fica vermelha e se arrepia quando eu te toco ou sussurro em no teu ouvido.— ela fica vermelha novamente. Rio da sua cara.
—Tipo agora.

—Tu é muito chato.

—Você me adora que eu sei.

—Aham...— murmura ironicamente. Ela conecta seu celular no bluetooth de novo. Começa a tocar 'Contramão'.

—Tem Gustavo Mioto na playlist de Ana Castela?— fico surpreso.

—Sim, ué! Antes de te conhecer eu era tua fã.

—Por que 'era'?

—Porque eu descobri que era um antipático.— rio do seu comentário.

—Antipático que faz você se arrepiar só te tocando.

—De novo esse assunto?— revira os olhos e fecha a cara.
Rio novamente.

Na parte do recadinho que eu deixo na música, descanso minha mão direita em sua perna, fazendo carinho com o dedão, enquanto a outra guiava o carro.

—No amor, não adianta você achar que as coisas vão sempre a favor da maré. Você pode esperar que sempre o grande amor mesmo vem meio assim, na contramão.—vejo ela abrir um sorrisinho de canto, sem mostrar os dentes. Ela tomba a cabeça pro lado da janela do carro e logo vejo seus olhos fecharem.

Sorrio e continuo prestando atenção no trânsito, que por sinal, estava horrível.

Depois de quase um hora, chegamos no hotel da Ana.

Entro no estacionamento e vejo que a morena ainda
estava dormindo. Saio do carro, abro sua porta e a pego no colo com cuidado para não acordá-la.
Sinto ela passar os braços por volta de meu pescoço. Olho pra ver se ela tinha acordado.

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