Cap. 26-Seu Astral.

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maratona final: 2/3

Seu Astral/Jorge e Mateus
"Dizendo pra mim que eu sou o seu astral
Que esse amor que está em mim é tão real
Eu viajei no seu olhar, no teu sorriso, nos teus segredos
Eu descobri o que é amar
Pelo toque dos seus beijos"

3 de outubro de 2023

(Gustavo's version)

Ok, eu sei que eu falei que não ia demorar pra pedí-la em namoro, mas sempre que eu saia com Ana e levava a bendita caixinha junto, ficava nervoso, ou alguém atrapalhava.
Mas de hoje não passa, tem que ser perfeito.
Seria perfeito, se São Paulo parasse de chover um minuto pra minha, em breve, namorada, chegar na minha casa.

Ana estava presa no aeroporto do Rio por conta do dilúvio que 'tá caindo nessa cidade.

Escuto meu celular tocar.
"Princesa ❤️"

Sorrio pensando ser uma notícia boa em relação ao voo.

—Oi, princesa.

—Oi, Gu.— fala de um jeito doce, que só ela sabe fazer.
Meu sorriso bobo logo se desfaz ao ouvir a morena suspirar pesado.

—Aconteceu alguma coisa?— pergunto preocupado.

—Acabaram de me avisar que provavelmente só vamos poder decolar depois das dez da noite. Pra piorar, os seguranças desse aeroporto não param de me encher o saco, não posso fazer nada. Nem comprar comida eu pude. A coitada da Bruna 'tá fazendo tudo por mim.

—Meu bem, só decole se o clima estiver favorável, por favor. Se não der pra nos vermos hoje, amanhã eu dou um jeito de ir pra Londrina.

—Mas, Gu, eu queria tanto passar o resto do dia com você.— fala manhosa. Pude imaginar seus lábios formando um biquinho agora.

—Sua segurança é mais importante. Prometo que quando você piscar, eu vou estar com você.

—Tudo bem.

"Ana, eles deixaram você ir ao Dufry."
Pude escutar Bruna falar do pra ela do outro lado da linha.

—Sério?— Ana parece perguntar animada.
—Gu, eu já vou. Tenho que fazer compras!— ela fala empolgada.

—'Tá bom, não gasta muito, viu, senhorita Castela?

Escuto sua risada sapeca pelo telefone. Com certeza ela ia gastar pelo menos um quinto do seu cachê. Isso é muita, mais muita, coisa.

—Tchau, seu bobo. Te amo.— fala ainda rindo.

—Também te amo, boas compras.

...

Já eram meia noite e dez, e a Ana ainda não tinha me dado notícias sobre o voo. Na verdade, ela não tinha me dito notícias de nada. Nem das suas compras.
Comecei a ficar preocupado.

Ouço minha campainha tocar. Estranho. Tinha pedido um japa, mas geralmente, a portaria me avisa se pode subir ou não.

Fui correndo abrir a porta, 'tô morrendo de fome.

—Oi, boa noite!— falo sorrindo. Sorrio tanto, que meus olhos se fecham. Nunca fui tão feliz ao receber um japa.

—Boa noite pra quem, Gustavo? 'Tava esperando outra pessoa?

Tomo um susto ao escutar a voz da minha morena.
Pisco os olhos e coço eles várias vezes, pensando ser uma miragem.

Peguei ela em meus braços com um abraço bem apertado. Deixei muitos beijos em sua bochecha e pude escutar sua risada gostosa.

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