• 𝒞𝒶𝓈𝑜 𝐼𝓃𝒹𝑒𝒻𝒾𝓃𝒾𝒹𝑜 • ✔️

Cap. 23-Ainda é tempo.

Ainda é tempo/ANAVITÓRIA
"Eu sei, eu demorei chegar
Mas se você soubesse como eu me arrependo
Não tenho palavras, não tenho pra justificar
Errei a rota, saí do radar"

10 de maio de 2023

(Gustavo's version)

Há dois dias atrás, a equipe da Ana Castela entrou em contato comigo para confirmar a participação na música "Fronteira", em seu DVD.

Eu pensei seriamente em recusar, mas talvez eu estaria sendo um babaca, já que essa foi uma das coisas que eu prometi à morena.

Cá estou eu, em um jatinho, indo para a tríplice fronteira.

Não sei como vão ser as coisas. Não sei se ela gostaria da minha presença em um momento tão especial como esse.

Mas ela me ama, né? Pelo meno, me amava.

...

Já eram 19:30 e a equipe toda estava pronta. Já encontrei vários artistas que são amigos meus que também participarão do DVD, mas ainda não encontrei ela.

Hoje, pela manhã, tiveram os ensaios do show, mas o meu jatinho atrasou então ela teve que ensaiar a nossa música sozinha. Me senti um pouco irresponsável por isso, mas não foi culpa minha.

Os produtores me passaram tudo que eu teria que fazer e o lugar que eu ia ficar no palco, assim que pisei aqui.

As gravações iam começar às 20:30, provavelmente ela estaria dando entrevistas ou algo do tipo. Até pensei em ir atrás, mas prefiro ficar em meu camarim, sem causar confusões ou algo do tipo.

Chamei o Murilo para vir aqui pro meu camarim. Por mais que ele não fosse cantar, foi convidado junto a namorada para ver o DVD em primeira mão.

(Ana's version)

—Oi, Gabi!— digo aliviada ao ver minha amiga pela primeira vez hoje.

Eu estou super nervosa e ansiosa, preciso de alguém ao meu lado para não entrar em pânico.

—Oi, Ana!— responde empolgada, me abraçando fortemente.—Vai dar tudo certo, 'Naflávia! Não fique nervosa, você está aqui porque você merece. Você já conseguiu gravar esse álbum!— fala ainda me abraçando.

De alguma forma, suas palavras me confortam. A Gabi sabia a hora certa e o jeito certo de dizer as coisas.

—Obrigada!— nos separamos e eu vejo o seu namorado olhar com a cara de nojo para nós.

—Oi, namorada da minha namorada.— ele fala me abraçando de lado. Reviro os olhos.

—Oi, amante da minha esposa.— revido. Ele me olha incrédulo, mas logo sorrimos juntos e ele me deseja boa sorte.

Eles tiveram que deixar meu camarim. Pelo que eu entendi, alguém tinha chamado eles.

—Ana, por que não vem com a gente?— Gabriela fala antes de fechar a porta. Murilo a olhava com um olhar mortal.

—Pode ser.— falo por não ter mais nada pra fazer por agora.

Já estava vestida com meu figurino rosa, a voz aquecida e todas as entrevistas feitas. Já falei com meus amigos, Duda e Rudi, que puderam vir hoje, e já falei com minha família. Estava apenas esperando a hora de entrar no palco.