🩵Capítulo 10🩵

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"Blue jeans, white shirt, walked into the room, you know you made my eyes burn."
- Lana Del Rey (Blue Jeans)

" - Lana Del Rey (Blue Jeans)

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(POV: Lana)

Os últimos dois meses foram um tormento. Desde o dia em que Jack descobriu a foto de Leah e eu nos beijando, minha vida desmoronou de formas que nunca imaginei. A dor e a raiva no olhar de Jack, os gritos, a destruição do meu celular... tudo isso deixou cicatrizes profundas.

Passei os primeiros dias em um estado de choque, incapaz de processar a avalanche de emoções que me atingiram. O medo, a culpa, a saudade. Jack estava sempre por perto, sua presença opressiva me sufocando. Cada movimento meu era observado, cada tentativa de contato com Leah frustrada. Ele havia se tornado um carcereiro, e eu, sua prisioneira.

Meus momentos de paz eram poucos e raros. Phoenix, minha adorável sobrinha, era uma das únicas coisas que ainda conseguia me fazer sorrir. Sua inocência e alegria eram um alívio temporário da escuridão que parecia ter se instalado permanentemente na minha vida.

Minha irmã Chucky foi um apoio constante, embora eu não conseguisse contar a ela toda a verdade. Quando eu estava prestes a desmoronar, ela estava lá, com palavras de conforto e uma presença reconfortante. "Lana, vamos superar isso juntos. Você não está sozinha," ela dizia. Mas a realidade era que me sentia desesperadamente só, perdida em um mar de emoções conflitantes.

Minhas noites eram especialmente difíceis. Eu me encolhia no canto do quarto, lágrimas silenciosas escorrendo enquanto lembranças de Leah inundavam minha mente. O toque dos seus lábios, o calor do seu abraço, a alegria de estar ao seu lado... tudo isso agora parecia uma memória distante e dolorosa.

Tentei encontrar algum alívio na música, mas até isso se tornou um lembrete doloroso do que eu havia perdido. Cada canção que escrevia era uma tentativa desesperada de processar a dor, de entender o que havia acontecido. Mas as palavras eram insuficientes, incapazes de capturar a profundidade da minha angústia.

Quando Taylor me convidou para a festa de lançamento do seu álbum, vi uma pequena luz no fim do túnel. Talvez sair de casa, ver amigos, pudesse me ajudar a encontrar um pouco de normalidade novamente. Aceitei o convite com uma esperança tímida, ansiando por uma distração do meu sofrimento.

No dia do lançamento, me arrumei com cuidado, tentando esconder os sinais dos meus últimos meses de tormento. Escolhi um vestido elegante, algo que me fazia sentir um pouco mais como eu mesma. Quando finalmente cheguei à festa, o ambiente era um turbilhão de luzes, música e pessoas animadas.

Ao entrar, fui imediatamente recebida por Taylor, que me envolveu em um abraço caloroso. "Lana, que bom que você veio! Senti sua falta," ela disse com um sorriso radiante.

"Eu também senti sua falta, Tay. Parabéns pelo álbum," respondi, tentando corresponder ao seu entusiasmo.

Enquanto a festa seguia, meus olhos buscavam Leah instintivamente. Quando finalmente a vi, meu coração deu um salto doloroso. Ela estava deslumbrante, como sempre, mas havia uma tristeza em seus olhos que espelhava a minha. Nosso olhar se cruzou por um breve momento, e senti uma mistura de desejo e culpa me consumir.

Tentei me concentrar na festa, conversando com velhos amigos e conhecendo novas pessoas, mas minha mente estava constantemente em Leah. A distância entre nós era insuportável, um vazio que eu não sabia como preencher.

Conforme a noite avançava, vi Leah conversando com algumas pessoas, mas nossos caminhos nunca se cruzaram diretamente. A cada momento que passava, a necessidade de falar com ela, de explicar, de pedir desculpas, se tornava mais urgente.

Finalmente, em um impulso, comecei a caminhar em sua direção, meu coração batendo descontroladamente. Mas antes que pudesse chegar até ela, fui interrompida por um grupo de pessoas querendo conversar. Tentei ser educada, mas minha mente estava em Leah, cada segundo aumentando a sensação de desesperança.

Quando consegui me afastar, Leah já havia desaparecido na multidão. Fiquei ali parada, sentindo um vazio esmagador. A festa continuava ao meu redor, mas tudo o que eu conseguia pensar era na distância insuperável entre nós.

Com um suspiro pesado, decidi que precisava de ar. Saí para a varanda, tentando clarear minha mente. As luzes da cidade brilhavam ao longe, um contraste com a escuridão que sentia por dentro. A brisa fresca da noite trouxe um pequeno alívio, mas a dor permanecia.

Naquele momento, percebi que precisava encontrar uma maneira de falar com Leah. Não podia deixar as coisas assim. Havia muito a ser dito, muitas feridas a serem curadas. E, de alguma forma, eu sabia que nosso caminho ainda não havia terminado.

Decidi caminhar um pouco mais pela varanda, aproveitando a paz relativa do ambiente externo. Ao me aproximar da área da piscina, meu coração acelerou novamente ao avistar Leah. Ela estava sozinha, perto da água, olhando para o reflexo das luzes na superfície tranquila. A visão dela ali, tão perto e ao mesmo tempo tão distante, fez meu coração doer de saudade.

Ela parecia perdida em pensamentos, seus olhos fixos na água. Havia algo profundamente melancólico na sua postura, algo que me tocou profundamente. Eu queria ir até ela, mas as palavras me faltavam. O que poderia dizer que não soasse vazio ou insuficiente?

Fiquei ali, observando-a à distância, esperando que ela sentisse minha presença. A noite estava fria, e o silêncio ao nosso redor parecia amplificar a tensão entre nós. Era como se o tempo tivesse parado, nos segurando em um momento de incerteza e esperança.

Leah, sentindo meus olhos sobre ela, finalmente se virou. Nossos olhares se encontraram, e naquele instante, tudo pareceu se encaixar e se desfazer ao mesmo tempo. Ela deu um passo hesitante na minha direção, e eu soube que precisava encontrar a coragem para atravessar essa distância.

Comecei a caminhar em sua direção, meu coração batendo descompassado. A cada passo, sentia a intensidade do momento crescer. Enquanto caminhava em direção a Leah, uma mistura de medo e esperança girava dentro de mim. Cada passo parecia uma eternidade, e o peso da incerteza me deixava sem fôlego. Quando finalmente parei em frente a ela, não consegui dizer uma palavra. Em vez disso, me deixei levar pelo impulso e a abracei com força, esperando encontrar algum conforto naquele gesto.

No entanto, o abraço foi recebido com uma rigidez que me atingiu como um soco no estômago. Leah permaneceu imóvel em meus braços, sua respiração irregular ecoando no silêncio entre nós. O vazio que senti foi avassalador, uma confirmação dolorosa de que as coisas entre nós haviam mudado irreversivelmente.

 O vazio que senti foi avassalador, uma confirmação dolorosa de que as coisas entre nós haviam mudado irreversivelmente

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• O que será que vai acontecer em!

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• Um beijo e um cheiro😘

Echoes in the Silence- Lana Del ReyOnde histórias criam vida. Descubra agora