🩵 Capítulo 23 🩵

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"Crawlin' through the mud, I couldn't find love, then we came up
Look at what we are, baby
Standin' through the storm, still shinin' like a diamond in the rough"
- Lana Del Rey (Tough feat. Quavo)

Dois meses haviam se passado desde aquela noite fatídica

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Dois meses haviam se passado desde aquela noite fatídica. O hospital se tornara meu refúgio, um lugar onde esperança e desespero coexistiam em uma dança constante. Cada visita ao quarto de Leah era um ritual de amor e dor, uma luta para manter viva a chama da esperança.

As manhãs de domingo sempre foram nossas favoritas. Era quando costumávamos acordar cedo para ver o nascer do sol juntas, abraçadas sob um cobertor, sentindo o calor do amor que compartilhávamos. Hoje, ao caminhar pelos corredores do hospital, cada passo ecoava a ausência dela, mas também carregava a promessa de que ela voltaria para mim.

Entrei no quarto, onde o som constante das máquinas monitorando seus sinais vitais era um lembrete frio da nossa realidade. Leah estava lá, serena e imóvel, como uma figura esculpida em mármore. Sentei-me ao seu lado, tomando sua mão fria na minha, e senti o peso de dois meses de espera e de um amor inquebrável.

"Bom dia, meu amor," murmurei, minha voz apenas um sussurro. "Estou aqui, como sempre. Você nunca está sozinha."

Segurei sua mão, desejando que meu toque pudesse atravessar o véu que a mantinha afastada de mim. "Phenix pergunta por você todos os dias. Ela desenhou um monte de corações para você. Eles estão no nosso quarto, esperando pelo dia em que você vai acordar e ver cada um deles."

Phenix, minha sobrinha de três anos, era um raio de sol em nossas vidas sombrias. Ela falava de Leah com um amor puro e incondicional que me fazia acreditar que o impossível era apenas uma questão de tempo.

"Ela te chama de 'Tia Leah', sabe? Você é a heroína dela. E você é a minha também. Sempre foi."

As palavras vinham em torrentes suaves, cada sílaba uma oferenda de amor e esperança. Contei-lhe sobre as visitas de Scott e Andrea, que estavam sempre ao nosso lado, compartilhando nossa dor e nossa esperança.

"Scott e Andrea," continuei. "Eles passam aqui quase todos os dias. Eles te amam tanto, Leah. Todos nós te amamos."

Recordei-me de uma tarde ensolarada no parque com Phenix. "Você lembra, Leah? Phenix estava tão animada para andar no carrossel. Ela riu tanto, segurando sua mão. Foi um dia perfeito."

Essas lembranças eram o que me sustentavam, pequenas âncoras de felicidade em um mar de incerteza. "Eu quero mais dias assim. Eu quero mais risos, mais momentos de pura alegria. Eu quero você de volta."

As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto, mas eu não as limpei. Eram uma expressão do amor profundo e inabalável que sentia por ela. "Eu te amo tanto, Leah. Você me mostrou o que é o amor verdadeiro. E eu vou lutar por você todos os dias."

Eu respirava fundo, buscando forças nas lembranças e nos sonhos compartilhados. "Sabe, Leah, a The Eras Tour está indo muito bem. O show em Boston foi incrível.

Fechei os olhos, imaginando a alegria em seu rosto, o brilho em seus olhos enquanto cantávamos nossas músicas favoritas. "Taylor perguntou por você. Ela disse que quando você acordar, vamos a todos os shows que pudermos. Vamos cantar e dançar como nunca antes."

As palavras eram uma promessa, um compromisso de lutar até o fim.

"Phenix quer que a gente tenha filhos," sussurrei, as lágrimas começando a se formar. "Ela diz que quer primos para brincar. E sabe, Leah, eu também quero isso. Quero construir uma vida com você. Quero ver nossos filhos crescerem, aprenderem, amarem."

Minha mente se encheu de imagens de um futuro que ansiava compartilhar com Leah. "Eu quero casar com você, Leah. Quero uma cerimônia simples, cercada por nossos amigos e familiares, no jardim onde tivemos nosso primeiro encontro. Você usaria aquele vestido azul que eu amo tanto, e eu estaria lá, esperando por você no altar, com lágrimas nos olhos."

Imaginei nossos votos, as promessas que faríamos uma à outra. "Prometo te amar, respeitar e apoiar em todos os momentos, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. Porque o nosso amor é forte, Leah. Ele é indestrutível."

A visão de um casamento nos nossos próprios termos trouxe um sorriso ao meu rosto. "E depois, depois do casamento, vamos viajar pelo mundo. Vamos ver o pôr do sol em Santorini, caminhar pelas ruas de Paris, explorar as paisagens da Nova Zelândia. Vamos criar memórias que durarão para sempre."

Meus olhos se fixaram no rosto tranquilo de Leah, e senti uma nova onda de determinação. "Você me salvou, Leah. Agora é minha vez de te salvar. Vou lutar por você todos os dias. Vou estar aqui, esperando, até você voltar para mim."

O som da porta se abrindo me trouxe de volta ao presente. Uma enfermeira entrou, checando os equipamentos, e me deu um sorriso encorajador antes de sair. Eu estava novamente sozinha com Leah, mas não me sentia só. A presença dela, ainda que silenciosa, enchia o quarto com um amor palpável.

"Eu sei que você pode me ouvir. Eu sei que você está lutando. E eu estou aqui, lutando com você. Todos nós estamos. Por favor, volte para nós. Nós precisamos de você. Eu preciso de você."

O silêncio foi minha única resposta, mas eu não desisti. Continuei a falar, a contar histórias, a compartilhar meus sonhos. Porque era isso que Leah havia me ensinado: a nunca desistir, a sempre lutar pelo amor e pela esperança.

Enquanto as horas passavam, um sentimento de paz começou a se instalar em mim. Eu sabia que, não importa quanto tempo levasse, eu estaria aqui para Leah. Porque o amor que compartilhávamos era mais forte do que qualquer obstáculo, mais profundo do que qualquer dor.

Fechei os olhos, segurando a mão dela com firmeza. "Eu te amo, Leah," sussurrei. "E eu nunca vou te deixar."

O som das máquinas e da nossa respiração encheu o quarto, e eu senti uma calma reconfortante. Eu sabia que, de alguma forma, Leah podia sentir o meu amor, e que isso a manteria forte, a guiaria de volta para nós.

Naquele momento, no silêncio do hospital, percebi que o amor verdadeiro não conhece limites. Ele transcende o tempo e o espaço, e é a força mais poderosa que existe. E era esse amor que me dava esperança, que me mantinha firme, enquanto esperava o dia em que Leah abriria os olhos e voltaria para nós.

 E era esse amor que me dava esperança, que me mantinha firme, enquanto esperava o dia em que Leah abriria os olhos e voltaria para nós

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•Será que no próximo já teremos Leah acordada?!

•Espero que gostem, se cuidem, e não se esqueçam de votar e de comentar o que acharam.💜

•Um beijo e um cheiro😘

Echoes in the Silence- Lana Del ReyOnde histórias criam vida. Descubra agora