Leah Cortez, uma cantora emergente cuja voz encanta e coração arde em segredo, nutre um amor profundo por Lana Del Rey, sua amiga e frequentemente, sua musa não declarada. Enquanto compartilham momentos criativos sob o céu estrelado, Leah entrelaça...
"Had neither fought nor found you Everything you do is elusive To even your honeydew Our honeymoon" - Lana Del Rey (Honeymoon)
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(Pov: Leah)
A brisa do mar acariciava minha pele enquanto eu me deixava envolver pelo som das ondas que quebravam suavemente na praia. Era uma sensação familiar e reconfortante, como uma velha amiga que eu não via há muito tempo. Olhei para o horizonte, onde o céu se encontrava com o mar, e por um momento, tudo parecia em paz.
Estávamos na casa de praia de Lana, um refúgio distante do tumulto da cidade e de tudo o que havíamos enfrentado. Esta casa tinha sido um lugar especial para nós, um pedaço de paraíso onde podíamos ser simplesmente nós mesmas, sem as pressões e expectativas do mundo exterior. Era um lugar que guardava memórias de risos, amor e sonhos compartilhados, e agora, era também um lugar de cura.
Era difícil acreditar que já tinham se passado alguns meses desde que voltei para casa. Cada dia desde então tinha sido uma bênção, uma prova de que a vida pode ser incrivelmente frágil e, ao mesmo tempo, cheia de possibilidades. Embora eu ainda estivesse em processo de recuperação, cercada por uma montanha de terapias e check-ups médicos, esses dias na casa de praia eram como um bálsamo para a alma.
Lana estava dentro da casa, preparando algo na cozinha. O cheiro de café recém-passado misturava-se com o aroma salgado do mar, criando uma mistura que eu associava com segurança e aconchego. Ela sempre soube como me mimar, como criar um ambiente onde eu pudesse me sentir amada e protegida. Mas hoje, enquanto eu olhava para as ondas, sentia um nó no estômago, uma mistura de gratidão profunda e um vestígio de culpa que eu sabia que Lana também carregava.
Levantei-me da espreguiçadeira e caminhei de volta para a casa, os pés afundando levemente na areia macia. Quando entrei, vi Lana na cozinha, seus movimentos graciosos enquanto preparava duas xícaras de café. Ela estava concentrada, mas quando ouviu meus passos, olhou para mim e sorriu. Aquele sorriso que sempre foi capaz de aquecer meu coração, mesmo nos momentos mais sombrios.
"Bom dia, meu amor," disse ela, entregando-me uma das xícaras.
"Bom dia," respondi, aceitando o café e dando um gole. O sabor era forte e familiar, uma constante em nossa vida juntos.
Fomos para a varanda, onde o sol estava começando a se elevar no céu, espalhando sua luz dourada sobre o mar. Sentamos lado a lado, nossos ombros se tocando, enquanto olhávamos para o horizonte. Por um tempo, ficamos em silêncio, apenas apreciando a companhia uma da outra. Era um daqueles momentos de quietude que eu sempre valorizei, onde as palavras não eram necessárias para expressar o que sentíamos.
Mas eu sabia que havia algo que precisava ser dito, algo que estava pesando em nossos corações há muito tempo.
Lana foi a primeira a quebrar o silêncio, sua voz suave, mas carregada de emoção. "Eu ainda penso naquele dia, Leah. Não consigo evitar." Ela virou-se para mim, e eu vi a dor em seus olhos. "Sei que você sempre diz que não é culpa minha, mas... Eu estava lá. Eu deveria ter feito algo. Deveria ter te protegido."