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────── por 𝐓𝐄𝐑𝐄𝐙𝐀tocando: blind, sza"deus, como o tempo muda

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────── por 𝐓𝐄𝐑𝐄𝐙𝐀
tocando: blind, sza
"deus, como o tempo muda. você ainda fala de bebês e eu ainda tomo pílulas do dia seguinte"

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    ─── 𝐍𝐀̃𝐎 𝐕𝐎𝐔 𝐀𝐒𝐒𝐈𝐍𝐀𝐑, 𝐂𝐀𝐑𝐀! Não vou! ─── ela, a Cezarina Fiorentino. Entrando como um furacão na nossa sala que já é minúscula. ─── Isso não existe, é abuso de poder, má fé! É quase contra a minha profissão! Eu lá sei o que tu vai botar debaixo desse contrato? Eu não tenho como saber, Braz. Não assino.

    Pra minha surpresa, realmente tem um Marcos Braz tenso e atribulado entrando no escritório, coçando a testa e prestes a blefar. Tudo o que essa diretoria faz é blefar.

    ─── Você quer dar as regras, Cezarina? Vocês tem que assinar as condições da empresa e pronto, porra! Vocês estão sendo contratadas!

    Encaro a discussãozinha por cima da armação dos meus óculos, esperando os primeiros segundos pra saber se vão mencionar meu nome. Tá, nada?

    Ok, posso continuar trabalhando como se nada tivesse acontecendo.

    ─── Tu acha que eu preciso disso aqui, Braz? Tu acha que eu preciso desse escritório minúsculo, desse apoio mínimo do clube? Eu não preciso, eu faço pela camisa, que infelizmente tá na mão de um incompetente igual você. ─── vish... ─── Agora saia que preciso trabalhar.

    Ela deixa todo mundo tão doido que com certeza esse pobre homem saiu daqui sem nem lembrar que veio buscar uma assinatura, e o pior é que ela nem tá errada. Acho que a gente devia assinar? Acho, mas realmente. Vai colocar a gente na mão deles e só vamos publicar o que eles quiserem.

    ─── Dá um toque na Iza, Tereza. Pergunta ela o que a gente pode fazer. ─── o suspiro que ela dá deve dar pra ouvir lá de Madrid. ─── Ainda enfiam a gente num escritório desse aqui... Do tamanho da sala de troféus do Fluminense. Porra.

    Dou risada, com o celular entre a orelha e o ombro, já tentando falar com a Iza.

    ─── Pior que aqui já não cabe a bicicleta do Fred. ─── completo a informação, porque tem que ter um alívio cômico.

    Sim, tudo o que segura a gente de não virar um compilado do Pedro Certezas, Venê Casagrande e toda a cúpula clubista é o renome. Se a gente não tivesse o suor de anos de carreira e correria... A Izabella teria que largar todos os outros clientes só pra atender a gente.

    ─── Aaaaaai, Tereza Cristina... Só por esse CRF mesmo, nada mais me colocaria discutindo com maluco, tá? ─── quando na verdade ela discute até com a cafeteira que ela ainda não aprendeu a usar. ─── Mas vamos trabalhar? Vamos, vamos? ─── a maluca bate até palma. ─── Faz o seguinte, sobe lá naquele mercenário, pega a entrega da Adidas e pode ir na frente, vou pedir pro moleque ir contigo, pode ser?

¹ ' ⁵ 𝘁𝗲𝗿𝗲̂ | de arrascaetaOnde histórias criam vida. Descubra agora