Chapter eight.

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Olívia, 2 anos e oito meses.

Grandes mudanças tinham acontecido, o crescimento da pequena estava sendo perceptível, mas naquela ocasião em especial Olívia não estava tão bem, por conta do nascimento dos últimos dentinhos de leite m, a menina falante estava mais quieta, menos simpática e bastante agarrada aos pais. E falando neles, não poderiam estar melhores, os dois trabalhando em projetos de êxito, Ísis não tardou a retornar aos atendimentos na ONG e na Pet e ainda se dividia entre isso e uma nova especialização. Olívia desde seus dois anos completos, já estava frequentando uma creche e todo o período de adaptação foi difícil, mais para os pais do que para a pequena, porém não demorou para que ambos pegassem o ritmo e de fato entendessem que aquela mudança era necessária.

Mais voltando aos dentinhos nascendo e doendo, aquela tarde Ísis precisou sair mais cedo das dependências da ONG, por sorte daquele dia teria poucos atendimentos e o que não conseguiu cumprir passou para outros colegas, e foi buscar a menina na creche, após receber uma ligação avisando que ela estava com febre e ainda que tivesse sido medicada, não havia passado o mal-estar. Bastou para que a mãe se sentisse culpada de tê-la levado para a escola sabendo que a pequena não estava bem. A mulher correu e literalmente enfiou o pé no acelerador do Pulga, para chegar na escola da filha, cerca de meia hora depois já estava estacionando em frente ao local, entrou, pediu que a anunciasse na portaria e teve sua entrada para a área interna liberada.

Entrou e foi recebida pela professora, que estava com Olívia em seu colo e a mochila da menina pendendo em seu outro braço, a menina quando notou a presença da mãe logo esticou os bracinhos e Ísis, com o coração na mão, a recebeu em um abraço. Após dar um beijo nas têmporas da pequena encostou a palma da mão e sentiu que realmente, ela estava febril, doeu mais ainda, culpou-se mais ainda.

— Ela estava caidinha durante toda a manhã, medicamos como pediu e como não sarou resolvemos ligar para você. — A professora explicou.

— Sem problemas, Dani! Muito obrigada por cuidar da Lili, né meu amor. — Pegou a mochila que a professora entregou e caminhou para a saída da escola.

Dirigiu para casa em uma velocidade razoável, afinal estava acompanhada da filha, que dormia em sua cadeirinha no banco de trás. Assim que chegou até o seu prédio, tirou a filha do carro e subiu pelo elevador do estacionamento, quando entrou foi direto para o quarto do casal e deitou sua pequena ali, Olívia estava com os cabelos presos, agora maiores, em duas tranças laterais e o uniforme da escola tão pequeno quanto ela, uma graça. Aproveitou que a menina ainda dormia e pegou o celular para mandar mensagem para Giovanni, tinha esquecido completamente de avisá-lo que já tinha saído e até que já estava em casa.

"Amor, eu já estou em casa... Olívia teve febre e a escola me ligou para buscá-la."

Passados alguns minutos ele respondeu.

"O que ela teve? Eu estou indo para casa!"

"Gio, fica calmo, não precisa vir correndo amor. Ela está dormindo, eu já vou acordar para dar um banho, é o dentinho que está nascendo, meu bem."

"Eu saio em duas horas, ainda tenho algumas reuniões. Qualquer coisa me liga, ta amor? Dá um beijinho nela por mim."

Ísis voltou a deixar o celular de lado e foi até a cama, onde a menina dormia pesado, chegou mais perto e se sentou, para logo começar um carinho na sua menininha linda, Olívia estava tão, mais tão linda. Crescida, esperta, inteligente, falante até demais para a sua idade e vê-la ali, tão quieta, adoecida lhe partia o coração em mil pedaços, mesmo sabendo que se tratava do desenvolvimento infantil e era absolutamente normal ter febre e até dores de barriga durante todo o período de nascimento dos dentes de leite.

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