Chapter three.

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Nove meses e uma criança tranquila e sem presa de nascer. Olívia parecia ter percebido o tanto de trabalho que deu para a mamãe nos últimos meses e se aquietou. Ísis já havia parado de trabalhar desde o início do oitavo mês, mas aquele dia ela estava em uma sessão de fotos para uma campanha da Helane, aliás ela e Giovanni, pois o contratante, no caso o próprio presidente da Heláne, queria fotografar os pais de Olívia juntos, para a matéria principal do catálogo.

Ela estava vestida com uma saia longa preta com uma fenda que ia até a metade das coxas e um top também preto, os cabelos estavam soltos jogados sobre os ombros e no pé ela não calçava nada. Giovanni estava com uma bermuda branca e uma camisa preta.

Aquela seria a primeira roupa, ainda haviam mais três. A locação escolhida não podia ter sido melhor, eles estavam em um hotel resort em São Conrado. E toda hora eram paparicados com algumas delícias mandadas pelo chef do local.

— Assim eu vou ficar mal-acostumada. — Indagou ela enquanto bebia um pouco do suco de graviola.

— Realmente... Comendo desse jeito e te conhecendo como te conheço você não vai querer sair daqui nunca. — Ele riu e ela lhe lançou um dedo feito. — Educada que só ela. — Disse para atacar a bandeja a sua frente logo em seguida.

Após comerem eles começaram a fazer as fotos, e entre diversas poses, trocas de roupa, mudança de cabelo e maquiagem da mamãe, mais fotos agora em uma das suítes do hotel, com a última troca de roupa, e mais alguns paparicos aquele dia finalmente chegou ao fim. O casal chegou em casa exausto. Ísis só faltava se arrastar e Giovanni não estava muito diferente. O dia havia sido produtivo, mas cansativo de fato. Depois de devidamente arrumados para dormir, de banho tomado e dentes escovados eles se deitaram, deram um suspiro em uníssono e não demoraram para pegar no tão esperado e merecido sono.

Foi só o tempo de os pais pregarem o olho para uma certa garotinha ditar que era chegada a hora de vir ao mundo, Ísis começou a sentir uma dor abdominal forte o que de imediato a fez acordar, de maneira calma e controlada ela se levantou tentando fazer menos barulho possível e foi para o banheiro sua bexiga estava incontrolável e ela sabia que não podia reprimir nenhuma vontade. Depois de fazer suas necessidades ela foi até a pia lavou um pouco o rosto e tentou relaxar, pois a sua obstetra já havia lhe dito como funcionavam as dores do parto. Ela decidiu que só falaria com Giovanni se tivesse certeza de que aquelas não eram falsas contrações.

Aproveitando esse tempo em que as dores ainda estavam brandas ela resolveu conferir se estava tudo em ordem com as malas que iriam para a maternidade tanto as dela quanto as de Olívia, além de ligar para o hospital a fim de saber se a obstetra estava lá. Felizmente a doutora estava de plantão e seria informada de que a paciente estava para chegar.

Depois de tudo devidamente organizado ela saiu do quarto da filha e foi para o seu, tinha que acordar Giovanni para contá-lo a novidade.

— Giovanni. — O chamou tocando seu braço. – Acorda Giovanni, ei! — Deu alguns tapas no braço dele que abriu os olhos confuso.

— Que foi? — Perguntou enquanto coçava os olhos e bocejava.

— A Olívia vai nascer! — Ela anunciou com um gritinho.

— Nascer? Agora? — Ele perguntou assustado.

— Agora, agora não. De acordo com os meus cálculos ainda é capaz de demorar um pouco. — Ela explicou. — Vou só tomar um banho e nós vamos para a maternidade, ok?

Giovanni que se levantou de um pulo, voltou a cair sentado na cama estupefato.

— Ai meu Deus, minha filha vai nascer. — Ele disse em pânico.

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