cap 10 - in your eyes

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LONDRES.
11:43PM
SÁBADO ~Mesmo dia~

Pov: Vincent Rossi

Acordo com uma dor de cabeça dos infernos, meu sono foi interrompido com barulho de panelas, que vinha de algum cômodo.

Dou uma primeira visualizada no lugar e vejo que não é a minha casa, mas o lugar não parece nada estranho, logo percebo que é a casa de André.

Não sei como vim parar aqui, e aliás eu não sei nem o que aconteceu na noite passada.

Estou deitado no maravilhoso sofá de drew e sinto uma sensação de pontada na cabeça ao me levantar, e logo em seguida vontade de vomitar.

Corro até o banheiro mais próximo da sua casa e entro no primeiro que encontro.

Me abaixo até a frente da privada e solto um vômito dos deuses, que lipou o meu estômago inteiro.

Sinto o cheiro horrível subir até as minha narinas e dou descarga já.

Me sento na frente do vaso pois sinto que logo logo virá outro jato de vômito.

Coloco as mãos na cabeça e me preparo para vomitar novamente.

- eita porra. - drew diz ao passar pela porta do banheiro e ficar parado. - quer ajuda aí? - pergunta.

Faço sinal de "não" com o dedo e o mesmo assente.

- não, volta aqui. - o-chamo novamente ao perceber ele sumindo do vão da porta.

- o que aconteceu comigo ontem? - pergunto  na inocência.

- haha, você quer saber mesmo? - André rir, logo deduzo que dei trabalho pra ele ontem.

Acento com a cabeça em sinal de sim enquanto dou mais uma descarga no vaso.

- foi o seguinte parceiro, ontem você decidiu ir em um bar, encheu o cu de cachaça e deu trabalho pros cara lá. - o mesmo diz em tom de indignação.

- mas eu fui tomar só uma dose. - me defendo.

- uma, duas, três, várias doses, mano. Aí me ligaram e eu fui te buscar.

- você foi me buscar? - pergunto novamente, surpreso.

- fui né mano, até porque se você ficasse lá, os cara ia chamar a polícia pra você, e você já não é tão "limpo" assim.

- pior em, viado. Você meio que salvou a minha vida. - agradeço.

- que nada mano, primeiro de tudo você é meu amigo, e eu não te deixar naquela situação.
- mas não faz essa parada denovo não. Você também ta bebendo pra caralho. Tem que parar, porra. Beber pra dá trabalho?

Percebo que foi um Desabafo, mas errado ele não tá.

- entendeu? - ele pergunta.

- entendi caralho, vai ficar falando na minha cabeça até quando?

- até você tomar um pouco de vergonha na cara, fioti. - me senti atacado.

- parece que é minha mãe falando, que inclusive ela nunca falou comigo desse jeito. - solto.

- estão deve ser por isso que você virou um mafioso. - tocou no argumento que eu mais odeio.

- Estão que dizer que você tá insinuando que eu entrei nessa vida por causa dos meus pais? É isso? - pergunto.

- vincent, vai toma um banho depois a gente conversa, falow.

- ah, não fode, você é igual a mim. Somos tudo farinha do mesmo saco. - Bato a porta do banheiro com força e ela fecha.

UM DOCE DESVIOOnde histórias criam vida. Descubra agora