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Urrea

Acordamos cedo para deixar Sina no aeroporto para passar um tempo com a familia e nos despedirmos dela.

Consegui falar com a mãe dela pelo Instagram, foi a coisa mais difícil do mundo já que ela não fala inglês, e descobri que ela mora em uma fazenda, sabia que o sotaque dela não era só de alemão.

— Eu vou voltar. — ela passava as mãos nas costas de Sabina que chorava.

Eu e Josh riamos da situação.

— Se cuida. — Josh disse a abraçando.

Sina estava emburradinha pelo fato de eu ir com ela, mas eu lá tenho culpa que a mãe dela convidou Sabina para ir mas ela reprovou em algumas matérias?

Eu entendo um pouco ela, mas não entendo o motivo dela ter essa obsessão com a gente ser um segredo, não é como se fôssemos proibidos de estar juntos.

Ela deixou bem claro que não quer que a gente seja a gente enquanto estivermos lá, eu respeito, só não entendo o motivo dela ter tanto medo.

Então vou com a minha best para a Alemanha e não a minha...não sei.

Entramos no avião e ela sentou do meu lado sem dizer nada, apenas abriu um livro que tinha na bolsa e colocou seus fones de ouvido.

Eu puxei um deles.

— Você vai ficar assim o tempo todo? — perguntei e ela revirou os olhos. — O que houve Sina?

Seus olhinhos começaram a brilhar.

— Estou com medo de não querer voltar. — ela disse e eu beijei sua testa. — E você me odiar por isso.

Eu a olhei e sorri.

— Boba, nunca conseguiria te odiar. — a dei um selinho. — Te deixo me deixar com saudade um pouquinho. — ela sorriu.

Ela deitou a cabeça no meu ombro e o avião decolou.

[...]

Estávamos no táxi e Sina errou o caminho milhares de vezes, achei que ela confundisse direita e esquerda apenas em inglês, mas estava errado.

Aos poucos vi os prédios desaparecerem das janelas e a vegetação começou, um cerca de uma hora chegamos em sua casa e vi suas mãos tremendo ao dar o dinheiro para o taxista.

Ajudei Sina com as malas, claro, e entramos na parte com menos vegetação do terreno.

A mãe de Sina correu para abraça-la e seu pai veio até mim.

— Prazer, Sebastian. — apertamos as mãos.

Sina já me disse que nenhum deles fala inglês com proficiência então aprendi um pouquinho de alemão.

— Prazer, Noah. — sorri sem mostrar os dentes.

A mãe de Sina me abraçou falando muito rápido muitas coisas em alemão, o que me deixou nervoso.

Sina riu e traduziu.

— Ela disse que está feliz que você topou vir e que meu irmão está doido pra te conhecer, mas capotou depois do almoço. — ela traduziu e eu sorri em resposta.

Intrusive thoughts | noart Onde histórias criam vida. Descubra agora