02.
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Caçar
Obter; tentar conseguir, alcançar, atingir.Ecos extremamente altos que estão me deixando completamente atormentada, estou atordoada. Com a mão espalmada entre meus seios. Estou tentando sentir minha pulsação. Quatro batidas por segundo, seu nome sendo descrito a cada batida do meu coração.
Como posso me sentir assim... Ela somente me beijou. Devo me colocar no lugar, não posso perder o controle assim. Minhas narinas inalaram com desespero o cheiro que ela deixou no banheiro após seu banho. Entorpecida demais para conseguir pensar. Ouço o pisar no quarto por causa daquelas botas pretas. Está se arrumando, pela mínima abertura vejo-a. Através da porta destrancada. Costume idiota.Suas costas definidas sumindo ao ver que ela vestiu uma blusa de gola alta preta.
— Porque vestiu preto logo hoje.
O clima chuvoso e sombrio lá fora, combinam perfeitamente com o que ela veste hoje. Perfeitamente alinhada ao meu gosto. Devidamente proposital para me agradar.
Suspiros saem dos meus lábios. Me recordo do beijo.De volta ao quarto, seus cabelos estão soltos.
Aparentemente brilhante, Enid às vezes me faz recordar o sol e em como não devemos nos aproximar tanto para não morrer queimados.
Tampouco eu poderia fazer isso, como me afastar. Sou suspeita por querer ver tudo queimar.
— Wednesday, está pronta?
Seu sorriso confiante, com olhos azuis perigosos. Que me jogam no mar desconhecido. Mordo sutilmente os lábios.
Ela sabe que sim, sabe que me atingiu.
— Estou, vamos indo. Respondo.
Seus passos à frente, quando abre a porta para mim. Pego o arco, a seguindo.
No corredor caminhamos em silêncio, e sinto sua mão descansando um pouco acima do quadril me guiando. Sinto um frio na espinha.
Quando esse jeito possessivo chegou?
Um árduo repetindo ao sentir fincadas de unha.
Me sinto molhar.
— Eu não te dei bom dia ainda. — Ouço-a.
— Estamos no corredor, — ela me corta.
— Está vazio — Diz no meu ouvido.
Olhos azuis que oscilam entre os vermelhos.
Sua loba me olha. Me sinto presa.
A mão sobe pela minha costa. Segurando minha nuca. E sinto meu corpo sendo prensado na parede. Suas mãos um pouco abaixo da minha bunda. Por debaixo da minha saia.
— Gosto que use saias. — Coro. Estou envergonhada.
— Enid. Por favor. Estamos no corredor.
Seus lábios tocam minha nuca. Seus caninos apenas me provocam.
— Bom dia — Ela diz, me soltando, pegando minha mão e me guiando novamente até a floresta.꧁❀꧂
Os corvos no topo das árvores mas seus olhos
procuram de maneira insistente, permanente a mim.
— Volto logo, um minuto. — ela disse.
Ouço sons de gemidos, grunhidos vindo entre as árvores. Uma loba com pelos acinzentados, e olhos vermelhos de tamanho imenso, com garras afiadas. Me encaram antes de pular no tronco da árvore fazendo com que os corvos voam. Armo o arco, respiro fundo, com a flecha mirando os corvos. Outra batida forte na árvore. Outro corvo, disparou. Seu corpo cai ao chão. Outra flechada. Mais um corvo ao chão.
— Acho que está bom, o teste de ciências já está praticamente ganho. — Digo a loba, — Duvido que Bianca fará algo melhor. No máximo um peixe dissecado. — Sorrio para ela — Obrigada.
Os passos da loba vêm de maneira firme e silenciosa na minha direção. Estou tentando não entrar em pânico.
— O que está fazendo? — Pergunto. Um rosnado baixo, ela está na minha frente. Mesmo que eu esteja em pé, sua altura é extremamente maior. Sua boca aberta facilmente caberia em minha cabeça sem forçar sua mandíbula. Sinto medo. Porém a loba começa a cheirar ao meu redor, sentindo meu cheiro. O vento faz com que meus cabelos se balançam e sinto o focinho da loba tomar todo o espaço do meu pescoço. A respiração da loba me causa frio. A cabeça da loba me empurra no chão. Fazendo com que eu caia sentada. Onde a loba continua usando seu focinho para fazer que eu me deite na grama gelada. As quatro patas ao redor do meu corpo, seus olhos vermelhos me encaram. Sua boca é aberta e vejo seus dentes super afiados. Logo, vejo-a voltando para mim. Se desfazendo da forma lupina. Completamente nua. Com as pernas separadas sobre meu quadril. Sentando sobre mim. Com as mãos fincadas no meu abdômen. Seu rosto está abaixando para ficar próximo ao meu.
— Eu quase a mordi — Ela confessa rindo — Você é tão apetitosa. Quase não consigo me controlar. Passa os polegares na minha bochecha. — Céus Wednesday. Eu quero tanto ter você só pra mim.Coro. Estou vermelha muito provavelmente.
—O que acontece se morder? Li nos livros que isso é como um casamento. — Viro o rosto para que ela não me veja tão vulnerável. Sinto sua mão segurar meu queixo para que eu olhe em seus olhos.
— Quer descobrir amor? — Ela me mostra seus caninos.
O frio no meu estômago dá espaços para borboletas?
Empurro-a me levando. Ajeitando minha roupa, tirando a sujeira. Caminho até os corvos.
— Chega de caçar hoje. Vá se vestir.
Ouço Enid rindo alto atrás de mim
Enquanto sigo para o laboratório.
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CANDY - WENCLAIR [ Concluída ]
Fanfiction. . . . . . . . . . . . . . . . . ꧁❀꧂ . . . . . . . . . . . . . . . . . . Como eu poderia não me submeter todas as suas vontades para provar o seu doce sabor. . . . . . . . . . . . . . . . . . ꧁❀꧂ . . . . . . . . . . . . . . . . . .