Capítulo 9

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Nicolas

Os humanos que se encontram aqui nem desconfiam que somos shifters já que estamos exatamente iguais a eles, Maicon está passeando pelo mercado com um carrinho de compras e a Mel está olhando tudo ao seu redor maravilhada, sigo ao seu lado olhando Maicon enfiar um monte de coisas no carrinho a grande maioria besteira

- Eu espero que saiba que vai ser você que vai pagar isso ai- vejo ele se virar pra mim abruptamente

- Para de ser mão de vaca, você tem dinheiro até no cu, Nicolas- O fuzilo com o olhar

-Para de falar essas coisas perto dela, seu imbecil- Olho para Melanie que parece que nem ouviu oque ele falou de tão distraída, sorte a dele

- Isso aqui é pra sua casa mesmo, quem vai pagar é você- saiu andando pra longe com o carrinho sem me dar tempo de resposta

Aproveito que ele saiu e me aproximo disfarçadamente dela que está parada encarando uma estande de produtos de limpeza, deixaram bem colorido, fico ao seu lado e parece que ela nem nota minha presença

-Nunca veio aqui?- direciono meu olhar pra ela e a mesma suspira negando com a cabeça

- Nunca vim a cidade...- Nunca? Como nunca? Tento disfarçar minha surpresa

Começamos a andar em direção as prateleiras que haviam todos os tipos de comida, doce ou salgada

- Quer alguma coisa?-

- Eu não sei oque são nem metade das coisas desta loja

- Não seja por isso- olho para o freezer lá no fundo do corredor- tem uma coisa que todo mundo gosta, até mesmo eu, espere aqui, se se interessar por alguma coisa é só pegar

Ando em passos rápidos até o freezer de sorvete e pego um napolitano, confiro sua validade e averiguo pensando se ela não iria gostar dos outros sabores que estão aqui, são muitos mas como eu vou saber?

E se eu comprar o freezer?

Deixo essa ideia de lado só de pensar no trabalho de que ia dar pra levar. Mas se ela pedisse eu não iria negar
pego o Napolitano e um de prestígio, viro-me para voltar e de longe vejo um homem pegando algo pra ela em uma das prateleiras, parece ser uma caixa de cereais

Enquanto caminho em sua direção vejo ela agradecendo e ele lhe lança um sorriso ridiculo. Se já ajudou deveria sair de perto e não ficar puxando conversa

-Melanie- chamo seu nome e logo a mesma desvia sua atenção dele pra mim

- Seu nome é Melanie?- o fedelho escancara ainda mais o sorriso na cara, reviro meus olhos pra não fazer coisa pior na frente dela

-Vem, vamos- agarro sua mão tentando leva-la para longe quando sinto ela parar no caminho

- Espera ai cara- Respiro fundo vendo ele tirar um cartão do bolso, pegar uma de suas mãos e coloca-lo- aqui, ligue-me quando precisar, hm?

Retiro sua mão imunda do pulso dela, tomo o cartão da mão da mesma o jogando longe

- Querida, segure isso aqui pra mim por favor, sim?- entrego-lhe os potes e ando até o verme que ainda me olha sem entender

- Qual foi? Você é namorado dela ou algo do tipo?- ignoro suas palavras e grudo minha mão em seu pescoço discretamente para que ela não veja, me aproximo do seu ouvindo lentamente

Pra você ser morto é daqui pra li- minhas garras crescem afiadas apertando seu pescoço-se pronunciar mais alguma coisa se referindo a ela- olho no fundo dos seus olhos já sabendo que os meus estão vermelhos- eu mato você aqui mesmo e dou um jeito de achar o barraco onde você mora e terminar meu serviço tirando a vida de todos que estão presentes lá, ouviu bem? Ou terei que ser mais claro pra ver se você entende?- o temor em seus olhos e nítido, sua cabeça balança lentamente sinalizando um sim. Largo o pescoço dele vendo que deixei algumas marcas fundas, nada de mais

Viro-me já com as garras recolhidas e meus olhos normais pra Mel que se encontra ainda quietinha segurando os potes e uma caixa de cereais, tão linda...

Me aproximo dela pegando todas as coisas de suas mãos e seguindo caminho observando ela me seguir

- Onde vocês estavam, hein? Deixei vocês dois lá no corredor de limpeza e quando volto não estão mais lá- Maicon se aproxima com aquele carrinho ainda mais cheio do que estava antes

Me impressiona o fato de ter algumas frutas

Ele logo direciona seu olhar pra minhas mãos

- Poxa, só isso Mel? Era pra você ter mandando ele comprar o mercado

- Ela não está tentando me extorquir que nem certas pessoas que conheço- coloco as coisas que antes estavam em minhas mãos no carrinho- Pro caixa agora- Pego aquele carrinho tirando a força de Maicon e indo em direção ao caixa pra ele não inventar mais coisa pra enfiar ali dentro

Entramos na fila e ele foi se sentar em um dos bancos

- Vai sentar lá com ele- digo pra Melanie que está ao meu lado na fila

- Era um homem mal?

- Como?

- A tia Maitê não me deixava ir as cidades porque ela dizia que tinha homens mal. Aquele moço era do mal?

- Era, ele era- Saber eu não sei, mas pelas minhas políticas ele é

Me surpreendo ao ser abraçado de lado pela mesma sentindo seu calor
- Obrigada- coloco uma de minhas mãos em sua cabeça, se eu pudesse deixaria ela nessa mesma posição pra sempre
Levanto ela do chão depositando um beijo em sua bochecha e logo me dirijo até uma cadeira do lado de Maicon deixando-a sentada, antes de sair lhe lanço um sorriso caloroso e volto ao meu lugar na fila

O processo de esperar é insuportável...

Chega minha vez, pago tudo e chamo aqueles dois pra irmos embora

No caminho pra casa a vejo com um semblante tristonho e pensativo

- Ei,a gente vai voltar pra cá, sim?- A coisa mais gratificante do meu dia hoje foi ver o lindo sorriso surgir em seus lábios neste momento

Saimos daquele mercado quando já estava escurecendo e chegamos em casa quando o céu já estava escuro e as estrelas já se faziam presentes

- eu e melzinha vamos lá pra área de lazer que você fez só pra enfeite- Disse Maicon segurando um pacote de marshmallow, um esqueiro e um pote de álcool enquando Melanie segurava algumas cobertas- Quer vir?

- Não

- Ótimo, é bom que sobra- Raciocino com o porque dele estar com um esqueiro e álcool

- Espera, você vai mexer com fogo?- observo ele se virando novamente quando estava prestes a sair pela porta

- Não, vou assender aquela fogueira com o fogo do sol lá fora- ele abre as portas- está vendo?- sua ironia é contagiante

-Então eu vou- Falei saindo da cadeira onde estava

- Oque? porque?

- Não confio em você mexendo com fogo perto dela e se minha casa pegar fogo você não vai querer pagar pra refazer- ele arqueia as sombrancelhas e me lança aquela cara de deboche impagável

- Pro seu governo eu sou mais responsável do que você, seu bocó- ignoro suas palavras saindo

Obsessão De um tigre Onde histórias criam vida. Descubra agora