Prologo

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Quando fui chamada naquele maldito hospital onde você salvava vidas , pensei que você precisasse de mim, mas você nem estava mais lá, eu recebi de forma fria o recado de sua morte e o mundo desabou sobre a minha cabeça. Deitei em minha cama ciente de que jamais te abraçaria de novo, eu desejei a morte e levantar no dia seguinte foi um pesadelo e por reflexo ao descer as escadas chamei por você e a casa silenciosa respondeu, ao não ouvir sua voz o choro inevitavel veio e junto dele o vazio também chegou. Em passo lentos caminhei até a cozinha e esperando que todo o dia anterior fosse um sonho e que você só não tivesse escutado meu chamado por causa do barulho matinal de panelas, mas não havia panelas ou você e novamente o vazio aumentou. Fui ao seu quarto que estava do jeito que você deixou quando saiu, mas não se preocupe eu arrumei. Na verdade fiz tudo que você gosta, arrumei a casa e deixei com cheiro que gosta, fiz seu café da manhã preferido, fiz café forte do jeito que gosta, dobrei as roupas recém lavadas do jeito que você sempre pede, tudo para me sentir perto de você uma ultima vez. Quando terminei meu corpo todo doeu como se eu tivesse tomado  um soco, você não iria voltar nunca mais e com o meu coração palpitando eu gritei chamando por você com a força que me restou para que você voltasse, eu implorei, eu perdi você como areia quando escorre pelos dedos de crianças. Mamãe no dia em que você se foi, levou junto de ti um pedaço do meu ser que agora sofre com o vazio da peça que falta, eu te amo mesmo que haja um vazio que abre espaço para saudade do teu abraço e que de lembrança apenas a sensação de amor transmitidas por teus braços.  

Lembranças são a cura para o vazio.

A procura do assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora