Na ofensiva

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 Eu estava em meu quarto quando meu celular começou a alarmar, deliguei o alarme cujo o nome estava definido como " Remédio de dor" eu estou com dor? Não, mas o Bernardo está e por minha culpa. Me levanto da cama e bato na porta do menino com o rémedio na mão, o mesmo abre e eu entrego pro mesmo que pega e eu dou as costas e volto pro meu quarto. Meu celular começou a tocar desesperadamente,  o contato de Jasmin na tela.

- Oi, como você tá? _ questionou assim que atendi

- Até que bem sabia, e você?

- A eu estou namorando, adivinha com quem.

- LUIS! Adoro ele, fico feliz por você Mimi.

-É isso aí_ ela olha pra trás - A tenho que ir, te amoo 

E antes que eu pudesse sequer responder ela desligou, suspirei e joguei o celular na cama e afundei no lençol. Acordei com a claridade no meu rosto e com o Bernardo espancando a porta, me levantei e abri gritando na cara dele o que o deixou surpreso. Bati a porta e fui tomar banho e tcharam, eu estava na pior semana do mês para todas as meninas.

Desci correndo e vi minha madrinha me olhando com um sorrisinho mínimo nos lábios, eu não lembro de ter isto ela então ela deve ter chegado bem tarde. Assim que saí pela porta eu vi o carro branco da minha madrinha com Bernardo no volante, me aproximei da porta e abri ela enquanto ele me olhava com um cara confusa, até que ele foi pro banco do lado e eu adentrei  fechando a mão no volante e puxando a porta. 

Após alguns minutos chegamos na escola e eu sai do carro e segui ele em direção a dupla de meninos que provavelmente estavam esperando pelo moreno. Os meninos me comprimentaram e eu apenas sorri e joguei a chave pro Bernardo e fui de encontro com as meninas ou melhor dizendo ela vieram de encontro comigo já que Julieta pulou em minhas costas assim que eu passei pela porta. 

- Oi pra você também Julieta, oi Mari._ disse vendo a mesma se aproximar

- Carro legal Morgana. 

- Valeu é da minha madrinha e você é? _ questionei

- Vanessa, Pode passar meu número pro Bernardo? _ ela disse se apoiando em mim

- E por que você não vai? Ele não vai te morder, quer dizer eu acho. _ disse voltando a andar 

- É que, se for de alguém próximo a ele é mais fácil e como você é irmã... _ interrompi a morena

- Não sou irmã e muito menos proxima,faça você mesma . _ disse visivelmente irritada

Adentrei a sala de geografia e coloquei minha mochila na cadeira, as meninas estavam falando com outras pessoas quando o professor entrou e todos se sentaram. Enquanto o homem de meia idade falava andando de um lado ao outro, eu apenas conseguia pensar no stalker e isso tomava conta da minha mente talvez ele quisesse ter controle sobre algo ou alguém e resolveu que eu seria a azarada. 

Não dava pra bater de frente com ele obviamente, mas tinha que ter um jeito de parar esse maluco ou contornar essa situação e se ele procura alguém com quem possa brincar ou controlar, ele não achará em mim. Ele sempre começa, mas desta vez eu estarei na ofensiva e como minha madrinha adora dizer " Remédio pra doido é um doido e meio." No momento eu estou levando essa frase ao pé da letra e se quiser pode me julgar e me chamar de burra, eu não ligo. Uma mão passando na minha frente faz com que eu saísse da minha mente, me voltando para o loiro a minha frente.

- Morgana você tá bem? 

- Estou. _ disse piscando algumas vezes

- Tá drogada? 

Dei o dedo do meio pra ele em resposta, o mesmo riu e fez sinal de rendição e logo veio atrás de mim. Segui em direção ao ármario enquanto ele tagarelava coisa que eu não entendia ou sequer prestava atenção, sabe quando você está tão dentro  da sua cabeça que tudo ao seu redor se torna um zumbido e vozes misturadas. Dois toques altos fizeram-me levar as mãos aos ouvidos , era o sinal que avisava saída então hoje saíremos mais cedo,olhei para Henri e o mesmo franziu o cenho para mim. Apenas tive tempo de fechar o ármario antes que o mais velho me arrastava para fora da escola indo na direção dos menino que estavam na companhia Julieta e Mariana enquanto falavam ao mesmo tempo, eu tentava me soltar de Henri que ainda segurava firme meu punho, firme até demais e se recusava a me soltar.

- Me larga!_ puxei meu braço e o empurrei

- 'Tá tudo bem? _ Juli pergunto pra mim

- Tá! Eu só quero deixar claro que eu odeio que me arrastem, qual o problema de um " vem" ou "Me segue". _ disse e as vozes cessaram- Se qualquer um de você me puxar ou apertar o meu braço eu vou começar a gritar feito uma maluca, ninguém aqui é a minha mãe. _meu olhos lacrimejaram ao menciona-lá

Antes que alguém falasse algo um carro preto buzinou duas vezes e eu fui para o bendito carro, dessa vez não era um motorista qualquer e sim o André ele me olhou e sorriu, mas talvez meus olhos tenham me entregado pois ele olhou para os meninos que vinham em direção ao carro e seu rosto escureceu quando entraram no carro e olhou pelo retrovisor enquanto  pela janela eu acenava para as meninas e o logo ele deu partida.

- Filha pode colocar o cinto por favor? _ ele perguntou e eu acenei 

Ele acelerou de forma absurda, as vezes derrapando os pneus traseiros nos asfalto, não me preocupava com o risco de acidente, afinal a gente está mais longe da parte movimentada abri a janela e coloquei o braço pra fora sentido o vento projetado pela velocidade bater na minha mão, de certa forma era reconfortante sentir isso então finalmente chegamos a algum lugar.

Desculpem pelo sumiço, tenho estado muito ocupada,eu juro que vou voltar a postar com mais frequência.



A procura do assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora