Paramos na frente de um prédio de vidro completamente escuro não parecia uma empresa, mas também não parecia moradia era até um pouco sinistra se olhar por tempo de mais, mas antes que eu pudesse perguntar algo avistamos faróis na nossa direção. O motorista pôs sua mão na cintura indicand que estava armado, mas eu sabia de quem eram os pilotos que logo estacionaram a moto.
Lucca foi o primeiro a descer, Bernardo e Henri desceram em seguida e vieram até nós. Bernardo comprimentou minha tia e o motorista relaxou seguindo para dentro do prédio. Eu prontamente o segui não que eu confiasse nele, mas o que eu teria a perder já fui arrastada pra cá mesmo, não seria o stalker minha madrinha não me traria aqui.
Andentrando a empresa percebi que parecia um hotel, algumas pessoas que passavam por ali arregalavam, Bernardo adiantou os passos e me alcançou enquanto minha madrinha tinha alcançado o motorista e conversava com ele olhando sobre o ombro para me verificar. Lucca pos a mão em meu ombro em sinal de preocupação, provavelmente estava em devaneios afinal não é todo dia que você vai para um lugar estranho apesar de estar acontecendo com frequência comigo.
Ainda no carro notei minha madrinha relaxando aos pouco enquanto eu estava com todos os meus pensamentos acelerados e ela falava que eu estava segura e não tinha nada a temer. Se ela estivesse na minha cabeça ela teria tudo pelo que temer. Agora sinto que não estou assim, mas não me sinto segura apenas deslumbrada com o local, saindo do elevador para uma sala grande com algumas cabines de trabalho e uma porta no meio como se houvesse um chefe.
O motorista bateu a porta pedindo licença e abriu a porta para mim, eu passei e um homem estava de costa com um copo na mão e por um segundo pensei em dar meia volta, mas não tinha escolhas além de permanecer em pé. Todos os meninos sentaram, apenas eu e minha madrinha continuavamos em pé, ela por sua vez voltou a revelar seu pequeno nervosismo comigo. Segurou minha mão e o homem a nossa frente se virou, me olhando esperançoso esperando por algo de mim, mas eu não expressei nada além de constrangimento.
- Camila é muito bom te ver. _ o homem disse
- Igualmente André, mas poderia ter me chamado já que tem meu número. _ minha madrinha reclamando e o abraçando
- Ela é parecida com a Luisa, só o cabelo que é diferente era preto. _ o homem disse se aproximando
- E que seria você? Eu não me lembro de você. _ disse dando um espaço em nós
- Eu sou... seu pai. _ ele disse e eu não me contive e dei um risada com a mão na boca
- Seria mais engraçado se você tivesse uma máscara preta e asma. _ disse limpando o canto de olho que escorria uma lágrima
- Não é um piada Morgana, pode para de rir por favor. _ ele disse pondo a mão na testa
- Desculpe, mas vocês tiraram o dia para brincar comigo? _ analisei o rosto dele com cuidado - Se sim, vão a merda tá legal
- Morgana... Eu sinto muito por sumir, mas o meu trabalho é complicado e arriscado. _ ele disse
- Eu não te conheço e o meu pai morreu tá bom. _ disse séria e olhando pra minha madrinha
- Escuta, isso foi forjado ele precisou fazer isso. _ ela disse - Quando descobri quis matar ele por sumir, mas depois eu entendi _ ela afirmou a história
- Me fala uma coisa que só minha mãe sabia. _ pedi incrédula
- Você ganhou um urso de aniversário quando tinha seis anos, e ele era preto com uma gravata roxa escrita Te amo, sua mãe guardou no quarto de bagunça por que ela não sabia quem tinha dado e suspeitou disso. _ ele falou e eu me recordei do ursinho
- Foi você? _ perguntei - Isso não faz sentido, nada faz.
- Precisamos conversar e muito. _ ele colocou sua mão em meu ombro
- Não precisamos de nada, eu não preciso. _ ele me olhou sentido - Ela morreu achando que você estav morto, eu vou embora e você pode continuar morto. _ o motorista levantou - Não, um dos meninos pode me levar._ disse e ele voltou a sentar
- Morgana por favor. _ minha madrinha pediu
- Se não eu vou sozinha, não tem problema. _ disse me virando
- Você nem sabe onde está. _ André disse
- Morto não fala. _ falei sem olhar pra trás
Bati a porta atrás de mim e suspirei algumas pessoas olharam para mim com curiosidade, enquanto eu andava em direção ao elevado. Ouvi novamento o barulho da porta e passo apressados se aproximarem de mim, entrei no elevador acompanhada de Henri, Bernardo e Lucca. Fiquei apoiada no ferro enquanto desciamos pro térreo, olhei para as motos estacionadas e Henri me olhou e soltou um riso anasalado me oferecendo a mão.
Arquei a sobrancelha e subi na moto e o mesmo colocou minhas mão envolta do seu corpo e acelerou a moto, não consigo explicar a sensação de sintir o vento batendo no rosto ao mesmo tempo que tira seu folêgo te alivia,minha cabeça pesa e eu encosto minha cabeça no ombro de Henri que olha brevemento para mim.
- Pode me levar pra qualquer outro lugar? _ disse alto
- Pessima ideia Morgana._ ele respondeu
- Henri por favor, eu acho que posso resolver depois. _ supliquei
- Tá, mas só pra espairecer._ ele disse
Ele fez uma curva completamente imprecisa, por um segundo achei que a moto fosse tombar e fechei meus olhos porém ela se estabilizou e eu voltei a abri-los, chegamos no lugar que dava vista para um lago, me sentei e observei a vista perto dali podia ter um corrego ou uma queda d'água, passamos uns vinte minutos sentados so olhando pro lago e vendo escurecer. Meu celular apitou, olhei a notificação e vi a mensagem do stalker " Eu estou tão perto quanto imagina.", olhei pra trás e ouvi o barulho de carro, retruquei com " Tá adorando brincar disso então vamos jogar, será que você vai me pegar?" meu celular apitou quase que instantâneamente " Como quiser!".
- Vem, espero que seja um bom piloto Henri._ disse levantando apressada
- Pra que?_ perguntou levantando
- Vamos correr e minha vida depende disso._ respondi simples
- Com quem? Por quê? _ ele subiu na moto e colocou o capacete
- Com o stalker. _ disse e ele olhou pra trás
- Porra Morgana, você é doida.
O barulho de carro veio atrás de nós e eu olhei para trás, pelo vidro dava para ver um homem bem mais velho que eu, sinistro e sério. Henri acelerou a moto e fez a primeira curva com o carro na nossa cola, sinto meu coração acelerar cada vez mais e mais uma curva avistamos Bernardo e Lucca conversando apoiados em suas motos. Eu esqueci deles por completo, assim que passamos por ele eu aponto pra trás e rapidamente escuto o barulho de moto, mas sem tempo de olhar pra trás pois tiros começam a cortar, a moto de Henri vacila algumas vezes e aí eu começo a ficar preocupada e um rádio soa cortado.
- Tira ela daqui agora Henri.
Henri a acelerou mais ainda e fez uma curva fugindo dos tiro, a fuga feita com maestria pelo loiro. Saimos daquela estrada para a pista principal, Henri me deu o rádio pra que eu chamasse os meninos, disse que estamos indo pra casa. Assim que Henri estaciona na frente da casa da pra ver que o sol já baixou ao ponto de deixar o céu cinza e aspecto chuvoso.
Capitulo médio
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A procura do assassino
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Morgana tinha perguntas não respondidas e também tinha o desejo de ficar cara a cara com o assassino da pessoa que ela mais amava. Mas o desejo de recomeçar com sua madrinha era maior, isso ocorrerá bem?