"Jamais Morgana!"

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Depois de descermos do  carro, olho a casa a minha frente deslumbrada minha madrinha tem um ótimo gosto para homens e geralmente eles também tem um ótimo gosto para as coisas. O Diego era um desses ele tinha uma casa e minha madrinha tinha a dela, mas Bernardo me contou que ela passa maior parte do tempo aqui ou no trabalho então eu me acomodaria aqui mesmo, mas como eu tinha dito eu e Diego nós davamos bem. Diego abriu a porta e enquanto os adultos iam a cozinha Bernardo me mostraria meu quarto que o tio dele tinha pedido para arrumar quando decidimos mudar para Portugal, abro a porta e adentro o quarto que era grande e quase todo branco, apenas seus movéis eram um tipo de madeira diferente e lustrosa.

- Quando eu vim morar aqui, ele fez a mesma coisa._ Bernardo falou- Parece um quarto de louco, mas você vai poder mudar.

- Pior que eu gostei. _ disse sorrindo 

- Talvez você seja doida mesmo. _ ele disse  

- Meu carregador tá na mochila lá embaixo, vou lá pegar. _ digo saindo do quarto

Desço as escadas quase correndo e pego minha mochila, mas antes de subir sinto um cheiro de queimado e decido ir na cozinha. Observo Diego de costa com um avental, me apoio na ilha da cozinha e logo ele se vira e da um sorriso amarelo.

- Observando eu fazer besteira ? _ ele perguntou rindo

- Abaixa o fogo que dá tudo certo. _ disse simples 

- E o quarto? _ ele  perguntou - Pode muda-ló se quiser. 

- Eu gostei dele, só vou adicionar uma estante. 

- Você gosta de ler, qual seu gênero favorito?

- Fantasia com toda certeza. _ Afirmei 

- É um bom gênero,quero te perguntar uma coisa..._ ele disse abaixando o tom e eu acenei com a cabeça - Sua madrinha, ela se casaria comigo? _ ele completou e eu arregalei os olhos

- Como afilhada eu digo que sim, mas acho que é cedo demais sabe as coisas pode dar muito ruim ou muito bom. _ ela franziu a testa - O que eu quero dizer é que se apresar as coisas ou oito ou oitenta. _ disse e ele continuou confuso 

- Do que estão falando? _ minha madrinha perguntou se sentando na cadeira ao meu lado

- Que saudades do Brasil. _ disse rindo e saí

Subindo de volta ao meu quarto com a mochila e meu carregador em mãos e entrei no quarto. Bernardo estava com meu celular nas mão e lia alguma coisa nele eu rapidamente  tomei da mão dele e desliguei, o mesmo passou por mim saiu batendo a porta. Desbloqueie meu celular que abriu no whatsAap, na conversa do desconhecido com as seguintes mensagens " Diga Morgana, o que achou do Diego? cara legal né", " Portugal, Bragas? Talvez nos encontremos.", " Vamos ver quanto dura a paz nesse recomeço." Sai das mensagens e sentei na cama, seja lá quem fosse, queria me encontrar e fazer da minha vida um grande inferno e sendo o assassino da minha mãe ou não é assustador. Alguém que segue meus passos agora e eu tó torcendo pra que seja uma brincadeira de mal gosto. Vou tomar banho de cabeça e tudo, saio do banheiro e começo a procurar uma roupa confortavél e quente estava fazendo 17° graus, coloco casaco de ziper preta por cima de uma regata branca e uma calça preta, pego meu celular e desço indo para a cozinha onde ja tinha a mesa quase posta, minha madrinha me abraçou e logo Bernado chega minha madrinha afaga os cabelos castanhos do menino mais alto que sorri levemente e se senta, faço o mesmo logo em seguida e começamos a comer. Conversamos sobre tudo um pouco, Bernardo mirava seu olhar em mim quando falava algo que soava como um indireta, no final todos levantamos e eu tomei coragem para cortar clima.

- Gente..._ eu chamei e todos olharam - No dia do enterro da  minha mãe, eu cheguei em casa e recebi uma mensagem de um descohecido e dizia que o sangue dela era bonito e eu deixei pra lá afinal eu estaria aqui em uma semana, mas hoje eu recebi de novo. _ peguei o celular e dei na mão da minha madrinha

- Porra Morgana isso foi uma ameaça, por que não disse antes? _  minha madrinha perguntou

- Eu achei que fosse uma brincadeira de mal gosto e eu viria pra cá, achei que tivesse fora de perigo, tá bom. _ disse tomando o celular dela - Fora o cara no enterro dela, nada fora do comum. 

- Que cara Morgana?!_ minha madrinha passou a mão no rosto

- EU NÃO SEI! _ gritei  - Eu vi ele no final do enterro, era alto, pele branca, o cabelo talvez fosse preto não consegui ver ele direito por que quando ele me viu olhando, foi embora. 

- Você tem noção do que poderia ter acontecido?! 

- Não vamos brigar, não é o momento, pelo menos ela contou quando percebeu que não estava segura. _ Diego tentou amenizar a situação

- Desculpa tá bom. _ Disse e ela suspirou

- Não esconda as coisas de mim, jamais Morgana_ ela beijou minha testa - Vai dormir, amanhã vamos sair pra conhecer a cidade juntas.

Subi sem dizer uma palavra, arrumei minhas coisas no guarda roupas enquanto escutava música e depois deitei na cama e adormeci.

A procura do assassinoOnde histórias criam vida. Descubra agora