Já era tarde o suficiente, o sol já tinha sumido e eu estava no meu quarto, não tinha ninguém na casa além do Holt que me farejou assim que entrei. Henri já tinha ido para casa eu acho ou procurar os outros, mas não me ligou como eu pedi. Ouço a campainha e desço para ver quem é dando de cara com André olhando o celular e logo olhando pra mim.
- Que cara é essa? _ perguntou entrando
- Vi um fantasma. _ disse simples - O que você quer, não tem niguém em casa
- Você está aqui, é com você que quero falar. _ sentou no sofá - Senta aí
- Nossa senhora, cadê o por favor senhor máfioso. _ disse me sentado na poltrona a sua frente
-Acredite, isso é bem desafiador pra mim também e eu sinto muito por nunca estar perto. _ ele se mexeu desconfortavél
- A pessoa a quem deve desculpas está morta, eu sinto muito também. _ disse olhando para baixo
- Eu sei, acredite eu quis me aproximar mais, só que quando se tem essa vida é muito complicado.
- Era você no enterro? _ perguntei com a voz embargada
- Sim, eu deveria ter ido até você, mas era perigoso poderia ter alguém ali que..._ ele parou - Por quê está chorando? Eu disse algo?
- Não, é que a mamãe contava coisas boas sobre você e agora que você tá aqui eu só consigo pensar em como ela ficaria feliz. _ disse olhando pra ele
- Minha princesinha, eu sinto muito! _ ele me abraçou - Eu sinto muito por ter ido embora,mas agora eu estou aqui pra você e nunca mais vou ter que te deixar.
Eu fiquei por meio segundo travada pela ação do homem, mas logo em seguida passei meus braços envolta dele também e foi o abraço mais caloroso que eu recebi desde ao falecimento da minha mãe. Me afasto dele e ele me conta oustras coisas sobre como era estar com a minha mãe ele tira da carteira uma foto que ele tem com a nossa família, deixa sobre a mesa e beija o topo da minha cabeça e logo vai embora me deixando a sós com meus pensamentos.
Subi pro meu quarto e tentei não pensar no André ou melhor meu pai, vai ser estranho ter ele por perto afinal horas atrás ele estava morto. Balanço a cabeça tentando afastar esse pensamento assim que minha madrinha aparece na porta e olha pra mim com um meio sorriso e eu aceno com a mão pra que ela entre e assim ela faz, senta na ponta da cama de costa para mim.
- Está tudo bem? _ pergunto ainda olhando meu guarda roupa
- Sim, só me preocupo com você._ ela diz - É muita coisa pra associar.
- Eu até que estou bem, mas um pouco preocupada com o Bernardo. _ ela me olha- O diego sabe disso?
- Sim o Diego sabe, o Bernardo está lá embaixo com o Henri e o Lucca, o que aconteceu?
Contei a ela tudo o que tinha acontecido e sua expressão a cada palavra que saia da minha boca era de completo choque, ela agora está visivelmente irritada levantou e desceu falando coisa como " Quem ele pensa que é?". Obviamente desci desesperada atrás dela que pegou a chave sobre o balcão e saiu da casa e entrou no carro, nem deu tempo de entrar junto. Ela arrancou o carro em um velocidade anormal, olhei o carro ir embora com a mão na cabeça quase entrando em desespero.
Passei a mão pelo rosto e entrei de volta na casa, estava sentindo um mal estar talvez por que minha madrinha tenha saído de casa pra fazer só Deus sabe o que ou por não ter comido nada ainda. Vou pra cozinha e vejo os meninos conversando e rindo e comendo pizza, eles parecem ser realmente muito amigos, percebi que estou olhando demais quando Lucca arqueia a sobrancelha para mim.
- Senta aí menina. _ Henri fala e empurra a caixa pra mim
- Valeu. _ digo pegando um pedaço - Mas então, vocês estão bem?
- Ah estamos, talvez você não esteja. _ Lucca disse
- Não é nada, contei a minha madrinha sobre isso e ela pirou. _ eles se entre olharam - Como pode ela simplesmente sair feito uma doida, ela tá batendo de frente com um assassino. _ completei irritada e eles riram
- Me lembra alguém sabe. _ Henri disse - Mas falando sério você é maluca né, tipo você podia ter sido pega.
- Eu tinha um bom piloto. _ disse olhando pro loiro. - Séria mais emocionante se estivessemos em um carro.
- Então a gente se vê na escola? _ Bernardo falou pela primeira vez
- Claro _ os outros responderam juntos
Fique na cozinha sentada comendo por uns minutos pensando na minha madrinha, não sabia onde ela estava a essa hora. Meu celular vibrou e eu olhei pela barra de notificação " É o seu pai." sorri com a notificação e o Bernardo entrou na cozinha e começou a vasculhar os ármarios meio agoniado e com uma cara estranha notei seu moletom com um furo e imaginei o por que da cara estranha e a agonia.
- Ei, tá tudo bem? _ disse me levantando
- Sabe onde tem a rémedio pra dor?_ ele perguntou virando pra mim
- Merda, Bernardo o que você tem? Tá pálido como um cadavér
Fui até ele e coloquei a mão na sua testa que como suspeitava estava um pouco quente, fui até os armários procurar qualquer coisa, mas não tinha nada. Apontei para cadeira e sai da cozinha, procurei no banheiro de baixo e no de cima, mas logo fui no quarto dele pensando " Quem mais teria curativos, se não o próprio." Olhei em cima da caixa do espelho e lá estava a caixa vermelha. Desci rápido com a caixa na mão e alguns rémedios pra dor e anti-inflamatórios.
Entri na cozinha e o moreno estava sem o moletom apenas uma camisa preta que deixava seu ombro a mostra, ombro esse que tinha a lateral ferida por minha culpa e o menino estava de cabeça baixa, coloque a mão no seu cabelo e ele levantou a cabeça e eu balancei os rémedios na sua frente ele revirou os olhos, e eu peguei um copo com água e separei os medicamentos. Ele tomou um por um, pode perguntar o por que de estar fazendo isso e a culpa é minha, eu desafiei aquele maluco a me pegar.
Abri a caixa e parei de frente pro ombro machucado analisando o ferimento, percebi que a bala tinha passado de raspão e dei graças a deus por não ter perfurado ele. Peguei o algodão e molhei no álcool e passei no braço dele, que fez uma careta, mas não emitiu nenhum som de dor, após higienizar a ferida passei uma pomada e uma gase fazendo um curativo no menino, limpei o rosto dele que por algum motivo estava machucado na sobrancelha e no maxilar. Não duvido que tenha sido uma briga de rua, me afastei dele fechando a caixa e jogando as coisa do útilizadas no lixo.
- Vantagens de ter uma mãe médica?_ ele meio grogue
- Tipo isso, vai dormir os rémedios vão te dar sono e é pra tomar assim que começar a doer de novo, desculpa por isso tá.
Disse e saí da cozinha e indo pro meu quarto, peguei um dos livros da escola folheando a matéria e anotando algumas coisas do dever passado pra próxima aula.
Capitulo médio
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Beijos amores!!
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A procura do assassino
Teen FictionApós a morte de sua mãe, Morgana tinha perguntas não respondidas e também tinha o desejo de ficar cara a cara com o assassino da pessoa que ela mais amava. Mas o desejo de recomeçar com sua madrinha era maior, isso ocorrerá bem?