In Love With The Danger (Robsten)

11. Coordenadas da Ari

— Eu acho que achei algo útil aqui, Rob.— Ariana falou depois de tantas horas calada, bebendo um refrigerante e comendo pizza vegana. Nunca tinha percebido que ela gostava desse tipo de coisa. — Olha aqui — Ela apontou pra tela do computador, que estava cheia de letras com sequências de números.
— Coordenadas.
— Isso! Ela mandou endereços pra gente. Pega o papel e a caneta, grandão, é hora de escrever!
— Por que não fazer isso no telefone?
— E se algum desgraçado da Inteligência pegar algo? Quer me ver presa? Ou...
— Ou o quê? Ariana, o que foi? — Eu fiquei preocupado.
— Nada. Eu só pensei alto demais. Desculpa...
— Tá meio aérea nesses últimos dias, Ari. O que houve contigo? Tem algum garoto na sua cabeça?
— Bem, eu... não quero falar sobre isso.— Ela se voltou inteira para o computador. — Pega a porra do caderno e anota, por favor?
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Depois de ter anotado quinze endereços por toda a cidade de Los Angeles, Ariana fechou o computador e o recolocou para carregar.
— Caralho, minha mão está doendo. Onde fica o gelo? — Ela perguntou, indo até a cozinha.
— Eu pego pra você — Eu me levantei do chão e coloquei o caderno e a caneta na mesa de centro.
E enquanto ia na cozinha, só senti algo caindo em cima de mim e me levando pro chão. Ouvi algo quebrando também.
Ariana estava em cima de mim, o tapete da cozinha todo enrolado no chão.
— Ai... — Ela bateu a cabeça no meu peito e  me derrubou.
— Escorregou no tapete?
— Você tem que tirar isso daqui, não é a primeira vez que isso acontece.
— Sério?
— A primeira vez eu bati o joelho no seu fogão. Essa é a segunda. E acho que me machucou... — Ela ergueu a mão direita, que tinha um corte no peito da mão dela, que estava prestes a sangrar.
— Droga — falei. — Fica aí, coloca a mão na pia e vai jogando água, eu vou... pegar alguma coisa.
Ela só balançou a cabeça e se levantou de cima de mim e foi até a pia da cozinha.
Fui até o quarto e peguei aquele kit de primeiros socorros que ela deixou aqui, pra caso algo acontecer...
Cara, ela cuida de mim de uma forma tão silenciosa que me assusta.
As vezes, eu fico pensando se ela faz isso por que simplesmente ela se preocupa ou se tem algum propósito por trás.
Será que Ariana...sente algo a mais?
Bem, Ariana nunca foi muito de falar sobre garotos comigo e sempre quando eu tento puxar assunto, ela me corta. Mas ela não é lésbica ou coisa do tipo, já que ela fica brincando sobre como ela faria para levar um cara para a cama.
Hum... Isso me deixou curioso.
Voltando para a cozinha, ela estava tentando secar a bancada com um pano de prato azul, de costas pra mim e pude fazer mais uma pequena avaliação.
Ariana era baixinha - agora sim, ela parecia ter 1,54, como ela tinha dito -, mas tinha um corpo todo desenhado, a blusa e a calça preta pareciam perfeitos para ela. Os casacos gigantescos que ela usava cobriam a pequena mulher incrível que ela é. O cabelo dela era bem comprido, dessa vez, o clássico rabo de cavalo que ela usava nas missões foi trocado por ondas soltas que iam até o quadril...
Hmm... O quadril dela.
Robert, acho melhor parar.
— Achou a maleta que eu deixei aqui! No fim ela prestou pra alguma coisa, certo? — Eu pisquei e voltei pro presente.
Acho que eu tenho que me controlar. Essa história de ficar na seca não está sendo fácil. Pior é pensar em acabar com isso com sua melhor amiga. Não vai dar certo.
— É, eu... Achei. Lembra o que tem nela? — perguntei.
— Acho que sim. Eu fiz um primeiros socorros completo pra você. Tem ataduras aí. — Ela pegou com a mão boa o rolo de esparadrapos e apontou as ataduras. — Vamos fazer isso em pé?
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Eu terminei o curativo na mão da Ari e ela estava testando se sentia muita dor enquanto jogava videogame. Aparentemente, ela parecia bem.
— Cadê seu casaco? — perguntei.
— Ah, ele... Molhou. A pressão da torneira era forte, me deixou ensopada. Minha blusa ainda está molhada.— respondeu.— E a  calça também...— acrescentou mais baixo.
— Eu acho que eu tenho uma camiseta aqui pra você usar. Era minha, só que ela não cabe muito bem. Foi minha mãe que comprou.
— Não, Rob, não precisa, tá tudo bem, vai secar... Los Angeles está um secador natural hoje.
— Você está estranha hoje, Ariana. O que aconteceu?
— Nada! — Ela se levantou do sofá e cruzou os braços de frente pra mim.
— E aquela história de "Como levar um cara pra cama" ? Acabou?
As bochechas dela ficaram coradas.
— Achei que você tinha esquecido.
— Eu ainda quero ver você tentar.
Ela deu um risinho.
— Ah, tá. Vai ver sim.
Apontei para uma lata de energético em cima da mesinha.
— Sóbria eu não vou ver nada mesmo.
— Você quer me deixar bêbada? Achei que fosse meu amigo!
— E eu sou. Quero que você se solte, Ari. Você é uma garota incrível, inteligente, linda de foder a cabeça de qualquer cara.
— O suficiente pra ferrar a sua? — Ela sentou do meu lado, bem pertinho.
— Bem... Se você não fosse minha parceira e uma amiga assim de cara...
Ela ergueu as sobrancelhas, esperando minha resposta.
— Então?
— Quer saber se tem chance comigo, Ariana?
— Quero. E então, tenho?
— Tem que me convencer.
— Como assim? Tipo um strip ou coisa assim?
— O que quiser. Prometo que não vou contar a ninguém.
— Claro que não, acho que seu coração está temporariamente trancado...
— Vai tentar? — Me ajeitei no sofá. Opa...
Ela pensou um pouco, desviando os grandes olhos chocolate dos meus.
— Me dê dez minutos. — Ela pediu. — E eu te mostro como eu vou levar um cara pra cama.
— Só não vale voltar nua. Aí é golpe baixo.
— Mais baixo que eu? Impossível. — E ela foi até a mochila, pegou um estojo preto e foi até o banheiro.
Ah, meu Deus.
Ariana vai tentar.
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Olá!
Passando pra avisar que temos um hot vindo aí ( ele vai ser leve, prometo)
Espero que gostem dessa pequena loucura que eu fiz
(Se não gostar, pode pular, não interfere muito na linha da fic)