Capítulo 11

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Quem é vivo sempre aparece 🙂

Boa leitura, queridos <3

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Severus colocou dois cubos de açúcar no leite morno de Harry e colocou a caneca entre as mãos pequenas do neko. Harry nem mesmo esboçou alguma reação, embora seus dedos tenham apertado a caneca.

Lily, por outro lado, nem mesmo tinha tocado na xícara de chá que Severus serviu pra ela. A mulher estava tão quieta quando Harry.

O único que ainda mostrava reação era Severus, que guiou mãe e filho para a sala de descanso nos fundos da loja e tratou de mostrar alguma cordialidade para tentar melhorar o clima fúnebre que surgiu.

Embora fosse apenas uma questão psicológica, Severus poderia jurar que o ar ficou mais pesado e que seus pulmões estavam queimando. E se ele estava se sentindo sufocado, ele sabia que Harry estava pior.

Severus pegou a xícara que Harry segurava e colocou na mesinha de madeira que estava perto do sofá e então segurou as mãos de Harry entre as suas, acariciando e massageando os dedos curtos.

Harry saiu do estado de transe em que estava e levantou o rosto, encarando Severus com olhos marejados.

Harry abriu a boca para falar algo, mas seus lábios apenas tremeram e uma lágrima solitária desceu pela bochecha.

Severus limpou a lágrima com a ponta do dedo e acariciou a bochecha rechonchuda.

— Não chore. Estou com você. — Severus sussurrou e depositou beijos gentis na testa e bochecha de Harry. — Eu estou com vocês.

Harry se sentia frágil e sensível. Agora a única coisa que ele queria era se encolher no ninho e ter os braços de Severus em volta do seu corpo.

Severus passou um braço pelo corpo de Harry, deixando que o neko ficasse colado a si, e com a outra mão ele segurou as duas mãos de Harry entre as suas. Os dedos pequenos de Harry se sentiam aquecidos mesmo sendo segurados apenas por uma das mãos de Severus.

— Sevy... — Harry murmurou choroso, aconchegando-se ainda mais nos braços do homem.

Severus respondeu ao chamado abraçando Harry com mais força, sentindo a necessidade de mostrar ao companheiro que ele estava ao seu lado e que não o deixaria.

Harry estava exausto mentalmente. Severus conseguia sentir a exaustão emocional daquele encontro no corpo do neko.

— Lilian. — Severus chamou baixo. — Foi um encontro repentino e acredito que Harry precise descansar.

Lily levantou o rosto bruscamente, assim como Harry, seus olhos estavam lacrimejados e uma dor inexpressiva estava esbanjada em seu rosto.

Ela estava desconcertada. Queria apenas abraçar seu gatinho e pedir perdão por machucá-lo de uma forma tão egoísta, mas ela sabia que fazer aquilo naquele momento iria apenas prejudicar tudo.

Ela conseguia sentir o quão triste e sensível Harry estava, afinal, aquele era o gatinho que ela criou por anos, principalmente agora que não era mais apenas o seu gatinho ali.

Lily olhou para a barriga de Harry. Seu gatinho estava grávido e ela não podia estar com ele naquele momento.

— E-entendo... — Lily disse após alguns segundos. — M-mas eu gostaria...de pedir para vocês me chamarem para conversar...Tem coisas que eu quero dizer...Desculpas que preciso pedir.

Harry permaneceu quieto diante do pedido, então Severus tomou a iniciativa.

— Eu e Harry vamos conversar sobre isso...Como família, eu e ele precisamos conversar.

Kitty's Love (Harry Potter)Onde histórias criam vida. Descubra agora