"Se eu soubesse que perder o maldito celular em um show me traria tanta dor de cabeça, teria mandado Yoongi queimar ele no momento que o encontrou.
- Essa ideia é ridícula!
- Por acaso vocês acham que fazem parte da porra de uma fanfic?! - Yoongi p...
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Min Yoon-gi
Olho atentamente o rosto dela. Parece mais magra, isso me preocupa um pouco.
Todo esse tempo eu sabia que ela estava no Brasil, mas não fazia ideia de onde. Sohee nunca deu um piu sobre o assunto e os outros pareciam não saber de nada.
Percebi ela na mesma hora. Taehyung e Sohee andavam muito estranhos esses dias. Desde que anunciamos nossa primeira turnê depois da volta do Serviço Militar esses dois implicaram que fosse aqui o primeiro país.
Eu não tinha nenhuma esperança de encontrar ela aqui, eu não queria encontrar ela aqui. Decidi que realmente odiaria ela pra por um ponto final no que ela deixou aberto.
Mas assim que vi ela, percebi que eu não conseguiria dormir se não descobrisse o que realmente aconteceu.
Fui muito impulsivo em sair correndo atrás dela, qualquer um pode me reconhecer e posso até correr perigo de vida por causa dos fãs obsessivos.
Mas no momento me pareceu uma boa ideia sair correndo atrás dela como um cachorro.
Pensando melhor eu não deveria ter feito isso, mas ela saiu correndo poxa! O que eu deveria fazer? Esperar ela fugir e se esconder de novo?
Não dessa vez.
- Não vai me responder?
Ela suspira e balança a cabeça pedindo calma.
Esperei dois anos, o que são mais dois minutos?
Concordo silenciosamente. Haewon se vira pra janela evitando contato visual, tento fazer o mesmo, mas a cada dois segundos me pego espiando ela pelo canto do olho.
Está linda nesse vestido. Fora a perda de peso ela continua exatamente igual.
Meu celular é bombardeado de mensagens, pego pra responder os meninos que devem estar loucos atrás de mim.
Vou matar Jungkook e Taehyung por terem cantado aquela música. Eu dei ela a Jungkook pro seu novo álbum, mas o acordo era ele deixar o compositor em anônimo!
Haewon fala alguma coisa em português, levanto a cabeça com o celular ainda bloqueado e vejo ela se despedindo do motorista.
Saio depressa antes que ela suma da minha vista e me deixe aqui. Ando pela calçada de cabeça baixa pra não correr perigo de ser reconhecido.
Mesmo que eu ache que não seria reconhecido tão facilmente em um país tão longe.
Ela destranca a porta da sua nova casa sem se dirigir a mim sequer uma vez.
Estou uma pilha de nervos. Não sei o que devo sentir agora. Raiva? Rancor? Felicidade? Incerteza?
Na dúvida, sinto todos eles e um pouco mais.
Quando a porta se fecha atrás de mim não me contento mais.
