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Padmé encarou o rosto perfeito, em sua frente. Ele tinha uma cicatriz no olho direito e outras duas pequenas em sua bochecha esquerda, que o deixavam ainda mais bonito. Ela não reparou, mas segurava forte em um dos braços do rapaz que tinha a salvo de uma queda feia – com o braço envolto ao pescoço dele – ela podia sentir o cabelo loiro e encaracolado fazer cosquinha em sua pele.

– Oi... – ela diz tímida, ainda hipnotizada por ele.

– Oi... – ele responde de volta – Você está bem?

– É... Estou... Obrigada...

– De nada. Quase levou uma queda feia – o sotaque canadense se fazia presente na voz dele.

– Mas você me salvou – ela o presenteia com um leve sorriso.

– É... Eu salvei – ele olhou fundo, dentro dos olhos avelãs dela, quase como se estivesse hipnotizado também e dá uma leve gargalhada, – Vêm...

Ela respira fundo sentindo a mão dele em sua cintura, encostando em sua pele exposta, pegando embaixo de suas coxas, a erguendo do chão, e levando para um banco próximo onde eles estavam.

Ele ainda a olhava nos olhos, quando a colocou sentada na superfície de madeira.

– Padmé... – gritos chamando pelo o seu nome, a despertou do transe dele. Padmé olha em volta e todo mundo a encarava, suas bochechas imediatamente, ficaram vermelhas de vergonha – Padmé, você está bem? – Ahsoka e Satine aparecem do seu lado.

– Estou, acho que só foi um susto.

– Obrigada Anakin – Satine pede, e Padmé olha rapidamente para o rapaz que a salvou, agora sabendo o nome dele.

– Não foi nada – e ele sorri para ela.

– Olha por onde anda Maul – Ashoka grita para o rapaz de cabelo raspado, com o corte estilo militar, o mesmo que havia derrubado Padmé.

– Ela que estava na frente – ele responde num tom arrogante.

– Padmé poderia ter se machucado feio – Ahsoka revida, mas o mesmo deu de ombros e saiu andando.

– Babaca... – Anakin resmunga estridente, fuzilando Maul com os olhos.

– Ele jogou a sua cadeira longe – Ahsoka resmunga também.

– Não tem problema, deixa... – Padmé fala baixinho sem jeito, encarando os olhares das pessoas em volta da confusão.

Lá estavam eles, os olhares julgadores, ressentidos de pena, com os comentários baixos ou às vezes até bem altos. Padmé tentou conter as lágrimas que queriam chegar. Logo no primeiro dia aquilo acontecia, estava tudo bem demais, para ser verdade.

– Eu acho que tem um probleminha sim, viu – outro rapaz de cabelo longo, loiro, quase ruivo fala, segurando a cadeira de Padmé, que estava com o pneu estourado e aro de impulsão amassado, devido ao impacto, de ter sido lançada longe.

– Ahh não... Como eu vou me locomover agora? – Padmé esconde o rosto entre as mãos, sentindo as lágrimas começarem a vir.

– Ela está chorando... – ela escuta os murmúrios baixos dos mesmos alunos que só assistiam.

– É, está bem feio... – Anakin declara dando uma olhada na cadeira.

– Chega, chega... – Satine pede, afastando todos que assistiam – É melhor nós voltamos. Acho que ninguém tem mais cabeça para conhecer nada. A gente faz isso outra hora – Ahsoka assente abraçando Padmé contra o seu peito.

Anakin Skywalker - O Príncipe que Mudou a Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora