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Ao lado do banquinho onde Padmé estava sentada, havia uma grande mesa, também de madeira. Nela, em grandes cartolinas, um robô com aparência como a de um esqueleto humanoide, foi desenhado, com caneta grafite e lápis preto.

Atraindo a sua atenção, Padmé olhou curiosa:

Assim, de maneira despretensiosa, fuxicou as folhas, mesmo não entendendo muito bem o conteúdo, de tudo que estava escrito ali. Tinha muitos nomes e números que não faziam sentido algum para ela, como chamar a estrutura dos braços do robô, de manipulador.

"Manipulador onde?" perguntou em pensamento. Mas logo não deu muita importância. Ainda sim, achou tudo muito interessante, reparando em como Anakin era um garoto inteligente e talentoso.

Suspirou, arrumando tudo no lugar novamente, como Anakin havia deixado. Percebendo que estava descalça, por ter deixado as sandálias com tiras, que usava, no apartamento. O que facilitaria andar. Padmé olhou de um lado para o outro, levantando, ainda tentada a explorar o galpão. Ela se apoiou onde podia pegar. Andou com cuidado, não se importando em sujar as suas meias calças, no chão um pouco empoeirado.

Logo, chegando perto de um pequeno robô, com um formato quadriculado, ele automaticamente começou a dançar, rebolando enquanto tocava uma música sintética, Padmé soltou uma leve gargalhada, observando o robô dançar até a música diminuir.

Adiante, andou mais um pouco, sendo cautelosa para não cair. Nisso, em cima de uma bancada, encontrou outro robô, que só continha braços, o busto e a cabeça, com um pequeno  botão vermelho nela. E mais uma vez, curiosa, Padmé apertou o botão na cabeça dele.

Erguendo a sua mão direita, o robô a cumprimentou, Padmé sorriu, aceitando o cumprimento. Em seguida, o robô fez um gesto de toca aqui, com ela, desligando sozinho, logo depois.

Indo mais adiante, coberto por um velho lençol branco desgastado. Um imenso objeto, destoava de todo o resto, assim como a mesa e o simples banquinho de madeira, lá atrás. E o que parecia ser um piano, também encarnou a curiosidade de Padmé – ela quase o tocou.

No entanto, ao lado dele. Um pouco mais alto que Padmé. O mesmo robô do desenho nas cartolinas, em cima da mesa, desviou por alguns minutos a sua atenção. Padmé não pode conter a vontade de olhá-lo mais de perto. Esse robô também tinha um botão como o outro, mas o botão desse era amarelo e na mão esquerda.

Padmé encenou um aperto de mão, como num cumprimento e acionou o botão. Os olhos do robô piscaram, como duas luzinhas vermelhas, ao abrirem.

– O...O... Olá – o robô tentou falar com Padmé, se movendo.

– Olá... – um pouco incerta do que fazer na situação, respondeu arqueando as sobrancelhas, em seguida.

No mesmo momento, trazendo consigo a cadeira dela, Anakin voltou. E surpreso ele indagou:

– Você anda...

Não imaginou que quando voltasse, a encontraria de pé, mexendo em um de seus robôs. Padmé olhou para Anakin, desviando a atenção do robô, e da tentativa falha, de "conversar" com ele:

– Quem foi surpreendido agora?... – Padmé brincou.

Agora era ela quem estava com o sorriso  no canto da boca. Lembrando que ele havia a deixado lá, sozinha e surpresa com as invenções que ele criou.

– Está bem, você ganhou. Me deu um troco bem bonito – Anakin riu, levando na esportiva – Não sabia que conseguia andar. E eu peguei você no colo, lá no apartamento – arregalou os olhos, – Nem perguntei se precisava – envergonhado, Anakin deu aquela coçadinha na nuca.

Anakin Skywalker - O Príncipe que Mudou a Minha VidaOnde histórias criam vida. Descubra agora