Destiny

Capítulo 11 - Destiny

Voltei

Tempos difíceis...

Desculpem a demora, espero que aproveitem a leitura. 

(Estava tentando fugir das músicas nos capítulos, mas não consegui 🫣)

É isso. 

Love is Pain

Então, enjoy. 

.....

SAM

Estranhei o fato de não ter conseguido contato com Mon durante todo o dia. Minha mente divagava, tentando encontrar respostas sobre o sumiço repentino dela. Nos últimos dias, não havíamos tido nenhuma discussão, muito pelo contrário, a conversa que tivemos no meu restaurante dias atrás parecia ter realmente modificado muitos dos comportamentos de Mon em nosso relacionamento, ela parecia estar mais tranquila e receptiva.

Obviamente, ainda evitávamos alguns assuntos delicados, mas o clima era tão leve que que não sentia necessidade de pressioná-la em relação a isso. Eu só queria poder compartilhar da companhia e cultivar bons momentos ao lado dela e como isso vinha acontecendo com certa frequência, eu não enxergava motivos para desequilibrar nossa relação e mesmo estranhando seu sumiço naquele dia, acabei não questionando nada. Talvez esse tenha sido meu erro. Sabia que ela não teria trabalho, mas imaginei que ela só precisasse de espaço e era comum que, vez ou outra, ela agisse dessa forma.

Ao fim da tarde, quando saí do restaurante, fui até meu apartamento, me troquei rapidamente e me encaminhei até o local onde havíamos combinado de nos encontrar. Mon o havia escolhido com muito cuidado, ela parecia querer nos proporcionar uma experiência agradável, e eu a admirava por isso, admirava seu desejo de sempre querer me surpreender, as vezes sentia que ela priorizava muito mais as minhas vontades do que as dela própria, talvez fosse apenas seu jeito de tentar demonstrar seus sentimentos e eu tentava sempre corresponder seus gestos a altura.

No entanto, estranhamente, Mon também não apareceu para nosso compromisso.

Isso começou a me preocupar, sentia-me ansiosa, olhando o relógio de minuto em minuto, já contando o tempo de maneira impaciente quando notei que não havia mais tempo para esperar. Minha intuição finalmente começou a me alertar de que havia algo errado.

Quando cheguei ao seu apartamento, tudo parecia estar calmo. As luzes estavam apagadas e o ambiente estava silencioso. Caminhei pelo escuro até enxergar a faixa luminosa reluzindo pela fresta inferior da porta do quarto dela. Bati na porta algumas vezes e a movimentação agitada do lado de dentro chamou minha atenção. Minha mão impulsivamente se apertou contra a maçaneta, e a porta foi aberta quase em um impulso e a cena que vi me perturbou ao mesmo tempo que me deixou completamente confusa.

O cômodo estava em completa desordem, com roupas de Mon espalhadas pelo chão. Um vestido estava desajeitadamente cobrindo em seu corpo, como se tivesse sido colocado às pressas. Ela se movia de maneira atrapalhada, quase frenética e seus passos pareciam estar descoordenados, enquanto ela se comportava como se estivesse em um transe com seus olhos vidrados, não conseguindo sequer registrar minha presença de imediato.

Meu olhar percorreu todo o ambiente, se fixando nos remédios espalhados pela cama e pelo chão, imaginei que talvez ela tivesse se excedido ou se descontrolado, mas ainda não sabia identificar os motivos pelos quais Mon teria tomado decisão de usar aquela quantidade exagerada de medicações, na verdade sequer entendia o porquê de ela precisar deles, já que nunca havíamos tido essa conversa e foi impossível não me sentir negligente, eu sabia que deveria ter insistido mais naquele assunto.