Carta para um distante amigo
Dentre meu ventre,
jazem falecidas margaridas.
Tu ardes de modo que me falha a compreensão,
sussuros e ladainhas jamais colhidas;
Ó, meu corpo,
tu achas que não passa minha pessoa de uma pintura horripilante?
Acredite — jamais aceitarei ser chamado de arrogante!
Responda-me, ou devo responder aos meus próprios anseios,
Vivo farto de meus devaneios!Caríssimo,
Tua atitude é rasa; teu humor, porém, é alto.
Dessarte, jamais verá a luz do sol,
ou muito menos avistar um farol.
Compreendo teu desejo,
teu umbigo que anseia por gracejo.
Senhoras e senhores, aplausos para o nosso talentoso amigo,
cuja dádiva é uma arte ignóbil; um sujeito digno de castigo.
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Perfumada Poesia
PoetryÀs vezes, sentimos a ardente necessidade de simplesmente nos expressarmos. Materializar as deformidades que vagam por nossa mente e dar forma para elas, não-linearidades entrelaçadas à nossa irregular consciência. Ocasionalmente, damos formas à esta...