Casulo

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Casulo

O casulo diz-se um lar,
o mar das deformidades que moldo,
um sortilégio singular.

Responda-me,
Que ruídos são estes que escuto?
Explica, que sensações são estas?
Aqueles cantos estridentes, de onde vem?
Este escuro, como faço parar?
E este peso que sinto em meu ser?
Por que uma parte de mim não cessa os movimentos?
Sinto pequenas almas em mim; estas convivendo em pequenos vilarejos
redondos e escorregadiços!
Pergunto, qual o motivo?

Fugiu-me o controle, acredito!
Que um dia criei sobre este espírito!
Um pesadelo solícito.

Consciência, percebo — é este o nome!
A essência, enfim; reconheço que existiu.
Meu berço,
o casulo, meu opaco abraço!
Temo, este é o momento,
de cortar nosso laço.
Será escassa a dor,
Faltará o odor,
E restará somente o gélido amor.

Perfumada PoesiaOnde histórias criam vida. Descubra agora