Tempo

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"Dedico esse capítulo em especial a CarluuPonce , que me ajudou a relembrar minhas ideias e eu consegui finalmente escrever esse capítulo em poucas horas. 🤍"




O caminho até o apartamento teria sido silencioso se não fosse pela animação da pequena criança que não parou de interagir com os adultos um só momento e Saanvi estava agradecida por sua filha ser tão sociável ao ponto dela não precisar manter um diálogo durante todo o caminho.

_Bom, vocês podem entrar_Saanvi disse assim que abriu a porta de seu apartamento.

Pov Ben

Ao entrar em seu apartamento amplo, bem mobiliado e com um clima família perfeito, pude senti que eu havia parado no tempo, enquanto ela construiu sua própria vida ao longo desses dois anos longe. Olhando para ela pela primeira vez eu pude notar o quanto ela mudou, aquilo era notório, mas sentindo o clima de sua nova casa em um novo país eu pude confirmar que tudo mudou.

Durante esses dois anos longe delas a minha vida tinha virado de ponta cabeça, mas não de uma forma boa, sem conseguir lidar com a saudade e a preocupação, tudo que consegui fazer durante esse tempo foi trabalhar para sustentar meus filhos e procurar por elas incansavelmente.

_Esse lugar é simplesmente perfeito_Fui tirado de meus pensamentos quando ouvi minha irmã falar com empolgação.

_Bom, eu precisava de espaço pra esse pequeno furacão_Saanvi sorriu mexendo no cabeça da nossa filha.

_Titia, vêm ver o meu "quato"_Edeline disse puxando a mão de Mick.

E logo as duas sumiram no corredor deixando apenas eu e Saanvi na sala em um clima um tanto tenso e constangedor.

Para mim nada tinha mudado desde da última vez que a vi, mas para ela parecia que eu era um estranho em sua casa e não pude deixar de sentir certa tristeza com isso, eu a amava tanto e agora não passava de um passado distante que ela preferiu esquecer.

_Você quer alguma coisa pra beber?_Eu ouvir ela perguntar um pouco sem jeito.

_Não, obrigado! Estou bem!_Tentei lhe dar um sorriso para quebrar aquele clima pesado.

_Bom, eu preciso, já volto_Ela disse com um sorriso tímido e saiu em direção a cozinha.

Sozinho naquela sala eu não me contive em analisar cada canto daquele local. A decoração de vidro ao alcance e os blocos de montar no chão da sala me fez perceber que ali habitava uma criança e não mais um bebê, me fez lembrar que havia perdido os primeiros marcos de desenvolvimento da minha própria filha.

Será que havia sido nessa sala que ela deu seus primeiros passos? Quais foram suas primeiras palavras? Quando nasceram seus primeiros dentinhos? Eram milhões de perguntas que pairavam pela minha cabeça e quando sentir que ia começar a chorar, achei melhor tentar distrair minha mente e focar em outras coisas.

Mas foi tudo em vão, pois quando comecei a andar pelo local meus olhos foram de encontro às fotografias em porta retratos nos móveis e quadros nas paredes, eram como uma linha do tempo da criança que eu vi nascer mas, não mais conhecia.

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