O que aconteceu? Em um minuto estava sofrendo o maior acidente da minha vida, que me fez partir dessa pra melhor e no outro estava em um cômodo gigantesco e ridículo de luxuoso.
- Eu não consigo acreditar que eu reencarnei logo na pior pessoa possív...
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Três dias se passaram, desde o último Akuma que sobrevoou Paris. A noite de hoje está fresca e em meio a partida acirrada passando em frente a grande teve — que mais parece um cinema — estou refletindo sobre minha pouca vivência nesse pequeno mundo de miraculous. Durante esse tempo, iniciei novos hábitos para mudar em minha vida, como por exemplo me alimentar de forma saudável, alongar toda noite e correr toda manhã pelas ruas antes das aulas começarem, o que me ajudou muito para não só conseguir melhorar minha resistência na hora de fugir de borboletas amaldiçoadas, como também decorar boa parte das ruas de Paris. Nesse meio, acabei puxando a ruiva e Armand em minha última caminhada.
O último citado em questão tem sido uma ótima figura familiar pra mim, dada a todas as condições que passei em outra vida. Ele é paciente, delicado e está sempre disposto a todo momento para me ajudar. Em grande parte, chamo ele para maratona filmes ruins que são clássicos dos anos 2000 e partidas de vôlei, bem como acompanhar meus exercícios diários para dores no joelho.
Grande parte disso talvez seja por que ele é meu mordomo.
— "Se bem que tendo a Chloe como patroa não deve ser a coisa mais extraordinária do mundo..." — penso assistindo o jogo de cabeça pra baixo, balançando minhas pernas lentamente apoiadas no sofá.
Parando pra pensar, resta uma pequena dúvida em minha cabeça: Como irei lidar com meus colegas de turma?
Lembro no desenho que a Chloe acabou sendo, em grande parte da história de miraculous, desnecessária. Seja com seus comentários maldosos, atitudes sem noção e bullying. Eu preciso fazer um pedido formal de desculpas para todos.
— "Seria todo o mundo de miraculous, mas não temos tantos figurantes assim" — dou de ombros e continuo a observar o jogo do nosso lindo Brasil contra o Japão. Caramba que ace!
— A senhorita pode piorar sua circulação sanguínea se continuar assim! — o mordomo está ao meu lado, sentado ereto tão qual uma bailarina super profissional.
— Não se preocupe Armand, sou profissa' em plantar bananeira! — digo orgulhosa esquecendo por um momento que não sou mais a Sophia, e sim a Sophia em uma reencarnação de uma riquinha. A propósito, nunca irei reclamar desses pijamas ricos de cetim.
— Desde quando senhorita Chloe? — meu nariz arde e volto ao normal apoiando meus pés no chão, disfarçando o nervosismo.
— Desde sempre! — não encaro seus olhos, não seria capaz de sustentar a mentira. Bom a meia mentira.
— Você está bem, senhorita Chloe? Se me permite dizer, parece distante — sua observação é a deixa exata que necessito para mudar o rumo da conversa e expor minhas preocupações.
— Na realidade, Armand. Estou pensativa... — faço uma pausa dramática pensando em minha palavras — Sabe, acho que tive muitas...atitudes ruins com muitas pessoas...em específico com os colegas da minha turma...
