III | Maldito labirinto

578 65 31
                                    

Passou a mão na testa sentindo o suor; suas veias estavam saltadas

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passou a mão na testa sentindo o suor; suas veias estavam saltadas. Saltou de uma parede para a outra tentando achar algum vestígio do clareano. Correu como uma raposa em direção ao verdugo que avistara. "Mate-o ", aceitou a ordem de seu subconsciente e se lançou brutalmente ao monstro. Pousou em cima dele, que cambaleava para trás e tentava se defender. Cravou suas unhas afiadas nos olhos do bicho, deixando-o indefeso, e sorriu vingativamente ao vê-lo se debater.

Cravou os dentes no verdugo, pressionando e arrancando um pedaço que jogou em qualquer lugar no labirinto. Enfiou a faca no monstruoso animal, vendo o chão se encher de sangue. Saiu de cima dele, se afogando em um mar de risadas.

— Você parecia mais assustador — disse, guardando a faca e olhando para frente, encontrando-se com os dois clareanos que a olhavam assustados. — O que foi?

— Como assim "o que foi"? Você acabou com um verdugo sozinha! — Thomas parecia chocado. — Arrancou uma parte dele com os dentes!

— É... eu deveria ter sido mais sábia. Minha boca está toda suja agora — reclamou, limpando a boca.

— Foi assim que você sobreviveu naquela noite? — Minho perguntou, e Amelie abaixou a cabeça, evitando olhar.

A garota sentiu sua respiração ficar desregulada, indicando que o fulgor estava marcando território. Mordeu seus pulsos, tentando controlar o vírus. Não iria atacá-los, não poderia. Não importava quanto sangue ela precisasse perder.

Foi surpreendida por um abraço apertado e gentil de Minho, e então se permitiu chorar. Era exaustivo demais lutar contra aquela sensação. Amelie se perguntava se não poderia ser apenas uma imune normal.

— Vai ficar tudo bem, você consegue. Eu estou aqui — ele acariciou os cabelos da loira e olhou diretamente em seus olhos.

— Eu assustei vocês — sussurrou, sentindo-se culpada.

— Me assustou? Tá brincando, Lie. Aquela foi a coisa mais legal que eu já vi, só fiquei um pouco surpreso — tentou animar a garota, que deu um sorriso fraco. — Sua beleza não me assusta — tocou com cuidado nas veias ao redor dos olhos da clareana.

— Gente? — Thomas se opôs a falar. — Gente!

— O que foi? — os dois disseram juntos.

— Não é querendo atrapalhar o belo momento, mas tem dois deles vindo — alertou.

— Merda. Tá, sabe manusear uma faca? — perguntou a Thomas, que apenas assentiu com a cabeça, mesmo sem saber. — Caso não saiba, só enfia ela no verdugo. Eu fico com o da esquerda e vocês com o da direita.

𝙍𝘼𝘿𝙄𝙊𝘼𝘾𝙏𝙄𝙑𝙀 | MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora