"Havia tanta coisa acontecendo que era impossível compreender tudo. A mente humana não pode receber tantas informações, então exclui muitas delas."
Mike Van Wagener
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A primeira vez que Draco percebeu que estava atraído por Granger não foi realmente a primeira vez. O conhecimento sempre esteve lá, espreitando abaixo da superfície, felizmente abafado por coisas mais importantes, como planos de batalha e a tentativa de não matá-la apenas para calá-la. Estava lá nas noites que passava com ela, fumando (esperava que em silêncio, embora essa fosse uma esperança rara com Granger por perto). Estava lá nas poucas vezes em que eles realmente tiveram algum contato físico – geralmente por acidente, e sempre muito breve. Mas ele nunca reconheceu isso abertamente – nem mesmo para si mesmo. Na verdade, ele ignorou isso ativamente. Mesmo depois do discurso melodramático de Blaise naquele dia, ele examinou superficialmente a ideia antes de mantê-la firmemente a portas fechadas em sua mente, onde não causaria nenhum dano.
Mas houve aquela briga estúpida por algo pequeno e insignificante que desapareceria facilmente de sua mente mais tarde. Ela estava gritando que ele era um idiota egoísta e insensível, e ele estava tentando explicar isso para ela, mas ela não quis ouvir! E ele a agarrou na tentativa de fazê-la se concentrar, mesmo que apenas por três segundos, em algo diferente do som de sua própria voz.
Não era seu plano beijá-la (ou talvez fosse, em algum lugar de seu subconsciente). Mas em algum momento no espaço entre agarrar seus braços e prendê-la no balcão da cozinha, os lábios dele colidiram com os dela. Não foi um primeiro beijo agradável. Nem foi a experiência romântica daqueles livros de romance baratos que Pansy sempre insistia em ler. Foi brutal. Eram dentes raspando e lábios presos entre eles. Era apenas para calar a maldita garota.
Mas ela lutou com ele a cada passo do caminho, e isso o irritou. Então ele suavizou o beijo, até que apenas seus lábios estavam pressionados contra os dela, acariciando-os através de seus protestos indiferentes que já estavam diminuindo a quase nada. Ainda assim, a resposta dela foi muito tímida. Muito insegura para a mandona sabe-tudo que ele sempre conheceu. Então ele puxou o lábio inferior dela entre os dentes. Não com muita força, mas o suficiente para arrancar um gemido relutante de sua garganta. Ela parou por mais um segundo, como se tivesse se assustado com o som, e então o beijou de volta.
Ele a moveu em seus braços, para que ela ficasse sentada corretamente no balcão, acomodando-se entre suas pernas, os lábios pressionados contra os dela antes que ela pudesse encontrar aquela pequena semente de dúvida novamente. Ele não precisava ter se preocupado. Não havia hesitação em suas ações agora. Era como se ela tivesse tomado alguma decisão em sua mente e ele de alguma forma soubesse que ela não voltaria atrás agora. As mãos dela deslizaram pelos braços dele, por cima dos ombros, uma delas deslizando pelo cabelo dele para puxá-lo para mais perto. Ele deslizou as mãos para segurar sua bunda, levantando-a para encontrá-lo, e ambos gemeram quando sua pelve pressionou a dela.
Ela se afastou para respirar, mas ele não conseguiu fazer uma pausa. A boca dele já estava percorrendo suas bochechas, sua mandíbula, descendo por seu pescoço, os dentes puxando levemente a pele acima de seu ponto de pulsação. Ela engasgou então, arqueando-se em direção a ele, e a mão dele viajou por suas costas, para agarrar sua cabeça, trazendo seus lábios de volta aos dele.
Mais tarde, ele imaginaria até onde ela o teria deixado ir. Mas naquele momento, uma porta em algum lugar da casa se abriu e fechou. O som foi suficiente para lembrar a ambos onde estavam (e quem eram). Ela deslizou para fora do balcão e ele recuou, dando-lhe espaço suficiente para ficar de pé, mas não sem que cada centímetro de seu corpo roçasse o dele. Ela estava respirando com dificuldade – ambos estavam – e ele pensou que ela poderia dizer alguma coisa. Mas ela não o fez, e o sangue estava se acumulando em suas bochechas em um ritmo alarmante agora.
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Of Crimson Joy | Tradução - Dramione
FanfictionHermione Granger aprende o preço da confiança e do perdão quando Draco Malfoy se junta à Ordem, cinco anos após o início da guerra. - Nada na vida é preto e branco, Granger. Existem apenas tons de cinza. Tradução da fanfic escrita por xLittleRobbinx...