Parte 14

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Chegamos no hospital às 8:30h. Me levaram para um quarto onde tive que pôr uma daquelas roupas ridículas de paciente. Papai despediu-se de mim e foi para o trabalho.

Fiquei com minha mãe esperando para fazer a tal biópsia. Às 9:00h o doutor apareceu com uns dois enfermeiros, para me levar a sala o seria feita a incisão em minhas costas, ou melhor, em minha medula.

Tenho que admitir que estava muito nervosa. Mas isso era necessário para saber qual tipo de "leu" era a minha – e eu não estava nem um pouco afim de morrer por causa de uma droga de câncer.

No fim da tarde o Matt apareceu.

-Oi.

-Oi Matt.

-Como está?

-Bem exausta e chateada.

-Imagino. E quando sai o resultado?

-Amanhã.

-Que bom quanto mais cedo melhor. Ahm, quero te dar um presente.

-Matt! Outro?!

-É. Sabe, lembra daquele dia que ouvimos Evanecense no meu carro?

-Sim.

-E você disse que gostava deles, certo?

-Certo.

-Fiz umas ligações e lhe comprei todos os álbuns deles.

-Que? Mas Matt!

-Não gostou?

-Gostei sim. É que...hum...obrigada.

Neste momento comecei a sorrir de um modo bobo, como nunca antes. Ficamos conversando por um bom tempo.

Dia seguinte

Acordei às 8:30h. Mamãe estava sentada lendo, sei lá que livro.

-Bom dia mãe?

-Bom dia filha.

-O papai, como está?

-Bem, preocupado mas, tudo bem.

Às 10:12h o doutor William veio dar o resultado da biopsia.

-Bom dia Srta. Anna e sra. Parker.

-Bom dia Doutor Willian. (Mamãe)

-Não sei se será bom doutor.

-Anna! Que modos são esses menina?! (Mamãe)

Dou de ombros.


-Não se preocupe sra. Parker. Tudo bem, esta situação é mesmo difícil de aceitar.

-Chega de enrolação doutor Willian. Então, qual o tipo de leucemia eu tenho?

-LLC - Leucemia Linfocítica Crônica. É a leucemia dos linfócitos maduros. De todas é a mais comum em adultos, exceto em asiáticos. Geralmente acomete em pessoas acima dos 55 anos. O aumento dos linfonodos, localizado ou generalizado, é o sinal mais comum; ocorre em 90% dos diagnosticados. O aumento do baço também.

-A sobrevida costuma varia entre 2 e 10 anos.

-Que? Mas se é uma doença de idosos porque minha filha a tem? Sobrevida? Como assim? Não, é mentira! Diga que é mentira doutor, diga.

Minha mãe entrou em estado de choque. Foi necessário ceda-la. Depois que ela apagou conversei um pouco com o doutor sobre o tipo de tratamento da minha "leu".

Mandei uma mensagens pro Matt, perguntando que horas ele iria me ver. Ele respondeu meio minuto depois que, às 17:30h.
Fiquei lendo até pegar no sono.

17:30h da tarde.

-Olá.

-Oi. Xhiii, ela tá dormindo.

Aponto para minha mãe deitada em uma maca que, os enfermeiros colocaram lá quando a sedaram.

-Okay. Como está?

-Péssima! Quero te contar algo.

-Também quero lhe contar uma coisa.

Diz ele sorrindo. Provavelmente é uma boa noticia, então, vou deixa-lo falar primeiro.

-Então, fale primeiro.

-Não fale você primeiro Anna.

-Matt, para; fale primeiro.

-Okay. Na verdade, é um pedido. Anna Parker quer ser minha namorada?

Tudo Por Mais Um DiaOnde histórias criam vida. Descubra agora