Baby i'm a rockstar

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06/07/2025 - Austrália, Melbourne
Um dia antes.

- Vai, Me fala de uma vez desgraçada, onde está Kim Jisoo? - Refazia a pergunta para a mulher enquanto a segurava pelo tecido de sua roupa.

Mas ela estava estática.

Com o olhar perdido.

Amedrontada.

Como se estivesse processando tudo o que estava lhe ocorrendo nesse momento.

E eu só pensava o quanto terrivelmente isso poderia ter dado errado.

Foi por pouco.

Por muito pouco.

Subestimei demais essa garota anteriormente.

Um descuido e fui capturada.

Mantida como a porra de um refém.

E se não fosse por aquele babaca, eu não sei o que poderia ter acontecido.

No início achei que ele só estava sendo mais um grande idiota e burro, por não verificar corretamente se eu estava portando mais alguma arma.

Mas eu estava errada, e no momento fiquei confiante quando ele ignorou revistar meu coturno.

Evitando meu tornozelo.

Em um mundo onde os mortos estão andando e contaminando os poucos que ainda vivem.

A prevenção é mais do que uma precaução.

É uma questão de sobrevivência.

Eu tinha em minha posse uma faca afiada e letal, guardada dentro do meu coturno, esperando o momento em que a necessidade se torne inevitável.

A marreta, minha companheira constante, nem sempre está ao alcance, e a sensação de segurança e poder que ela oferece não é suficiente quando estou cercada.

Ter uma outra alternativa era necessário.

Meu estômago se revirava só de relembrar do toque áspero daquele miserável durante a revista em meu corpo.

E ele havia feito aquela revista, minuciosamente.

Vasculhou tudo, evitando meu calçado um pouco antes de meter o pé pela floresta escura.

E deixar essa garota e eu sozinhas.

Por um instante, considerei que ele apenas queria que nós nos perdesse pela floresta, talvez na esperança de que nos tornássemos presas fáceis para os mortos-vivos famintos.

Mas então, os pontos começaram a se conectar em minha mente.

Ele estava contando comigo para fazer o trabalho sujo.

Aquele homem estava contando com que eu a matasse.

O homem não era idiota, e eu tinha certeza disso agora.

Mas essa certeza me fazia questionar, se eles eram aliados, por que diabos ele queria tanto essa mulher morta?

- Anda garota! Não seja imprestável. - Eu exigia, impaciente. - Não fique aí parada como um zumbi, abre logo a porra dessa boca e fala! - Eu não estava pronta para perder mais tempo, eu precisava agir antes que fosse tarde demais.

Mas a garota ainda estava em choque.

Com os olhos fixos, ela olhava para o cadáver a poucos metros de distância de nós.

o mesmo que a tinha atacado brutalmente momentos antes.

Jogado e espatifado ao chão.

Chão, que ganhava agora o tom ensanguentado que se espalhava saindo do corpo do homem.

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