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NAQUELA MADRUGADA, ENQUANTO Ben e Nalim estavam envolvidos em seus próprios assuntos, Bea continuava preocupada, caminhando pela Clareira na tentativa de encontrar um pouco de paz. Suas preocupações com os amigos eram grandes, e ela não conseguia afastar o medo de que algo pudesse dar errado.
Enquanto Bea caminhava, ela avistou Gally, que estava sentado sozinho em um canto da Clareira, mexendo em algumas ferramentas. Gally era conhecido por seu temperamento explosivo e seu ceticismo, mas Bea sabia que ele também era incrivelmente dedicado ao bem-estar da Clareira.
────── Oi, Gally. ── Bea cumprimentou, se aproximando lentamente.
Gally levantou os olhos e, surpreendentemente, sorriu. ──── Oi, Bea. O que faz acordada a essa hora?
────── Preocupações. ── Bea respondeu, sentando-se ao lado dele. ──── Você sabe como é. Com tudo o que está acontecendo, é difícil desligar a mente.
Gally assentiu, voltando a atenção para as ferramentas em suas mãos. ──── Sei como é. Estou tentando consertar essas coisas para amanhã. Se algo der errado, quero estar preparado.
Bea observou Gally por um momento, admirando sua dedicação. ──── Você sempre está preparado, Gally. É uma das coisas que admiro em você.
Gally parou o que estava fazendo e olhou para Bea, surpreso com o elogio. ──── Sério? Eu nunca pensei que você notasse essas coisas.
────── Claro que noto. ── Bea respondeu, sorrindo. ──── Você é um dos pilares da Clareira. Todos contamos com você, mesmo que você não perceba.
Gally suspirou, parecendo lutar contra algo internamente. ──── Bea, eu... Eu sei que tenho sido difícil de lidar às vezes. Mas eu realmente me importo com todos aqui. Só quero garantir que estamos seguros.
Bea colocou uma mão reconfortante no ombro de Gally. ──── Eu sei disso, Gally. E todos aqui sabem também. Sua forma de se importar pode ser dura, mas é genuína. E todos nós apreciamos isso.
Gally sorriu, relaxando um pouco. ──── Obrigado, Bea. Acho que eu precisava ouvir isso.
Eles ficaram em silêncio por um momento, compartilhando uma compreensão mútua. Bea sabia que, apesar das diferenças e dos conflitos, todos na Clareira estavam unidos por um objetivo comum: sobreviver e encontrar uma saída.
────── E você? O que te preocupa? ── Gally perguntou, mudando o foco para Bea.
────── Ben e Nalim. Eles estão quebrando as regras, e eu me preocupo com o que pode acontecer se forem pegos. ── Bea respondeu, sua voz cheia de ansiedade.
Gally assentiu, compreendendo a preocupação dela. ──── É um risco grande. Mas você sabe, Bea, às vezes as pessoas precisam tomar suas próprias decisões, mesmo que isso signifique enfrentar as consequências.
Bea suspirou, sabendo que Gally estava certo. ──── Eu só espero que eles fiquem bem. Eu me importo muito com eles.
Gally olhou para Bea com seriedade. ──── E nós nos importamos com você, Bea. Você é uma líder forte, e sua preocupação mostra o quanto se importa. Mas não carregue todo o peso sozinha. Estamos aqui para dividir a carga.
Bea sorriu, sentindo-se um pouco mais leve. ──── Obrigada, Gally. Vou tentar lembrar disso.
Enquanto a noite avançava, Bea e Gally continuaram conversando, fortalecendo a amizade e a compreensão entre eles. Eles sabiam que, juntos, poderiam enfrentar qualquer desafio que surgisse, e que, apesar das dificuldades, a união deles era a chave para a sobrevivência na Clareira.
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