MISCONDUCT | Wenclair - PWP

Capítulo 2

Caso tenha alguma palavra errada, podem me avisar!

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Wednesday sobressaltou na cama, se assustando ao olhar pelas persianas da janela e notar que já era de noite. Marilyn só podia ter colocado algo em seu suco para que dormisse a tarde toda e acordasse aquele horário.

Pegou o celular entre os lençóis vinhos da cama, tomando um segundo susto ao ver que já era mais de meia-noite. Queria muito acreditar que estava apenas muito cansada e não foi dopada pela própria mãe.

Levantou-se da cama, tirando as roupas que usou durante o almoço, fazendo o mesmo com os acessórios, trocando tudo por um pijama cinza claro. Por trás daquelas "trevas" da garota, ela era apenas uma adolescente que gostava de coisas simples e básicas. De vez em quando fofas, como um morcego de pelúcia.

Deixando aqueles pensamentos sobre sua mãe de lado, Wednesday saiu do quarto e encontrou tudo como esperava: escuro. Caminhou cegamente até a cozinha, apoiando as mãos na parede e estranhando a luz fraca que vinha do cômodo. Se colocou nas pontas dos pés e seguiu em silêncio, tentando não causar nenhum ruído, ficando surpresa ao ver Enid de costas e pensativa bebendo um copo de água.

Os olhos da morena desceram curiosos e interessados pelas costas nuas da mulher que só vestia uma lingerie preta, tentando não imaginar o motivo dela estar assim, tentando apagar de sua mente que ela estava com Marilyn de forma íntima.
"Tem que ter coragem para comer minha mãe. Guerreira." Pensou. Rindo baixo por pensar aquilo, acabou por chamando atenção da loira que se virou assustada, vendo a garota ali.

Enid poderia ter reparado em tudo, mas seus olhos pousaram diretamente nas vestes da garota. Estava totalmente diferente do que havia visto hoje mais cedo no almoço.

O pijama de única peça, um vestido de algodão cinza claro que só chegava até o começo de suas coxas, caía perfeitamente no seu corpo. Expondo sua pele e suas pernas brilhantes.

Sinclair engoliu a seco quando notou que estava observando demais aquela parte em específico do corpo da menor.

— O que está fazendo aqui? — Enid perguntou, voltando a beber água, pois depois de ficar reparando nas coxas e pernas da outra, sua boca ficou seca.

— Que eu saiba essa é minha casa? Eu que pergunto, o que uma mulher tão... Bonita está fazendo na minha cozinha? — O sorriso ladino dançava nos lábios grossos, delicadamente apetitosos da rebelde, enquanto ela ia se aproximando cada vez mais da loira que ficou em alerta. Aquela garota era um perigo.

— Perdão, eu vim beber um copo de água, mas já estou subindo para o quarto da sua mãe. — Riu nervosa

— Céus, eu não entendo. O que você viu nela? – Lançou a morena, deixando Sinclair estática. Finalmente decidiu perguntar o que estava preso há tempos na garganta, se sentindo aliviada. — Ela tem quase o dobro da sua idade, não que eu me importe com isso, mas você me entendeu, você é muita areia para o caminhãozinho quebrado dela aguentar.

— Eu... Bom, eu... - Começou limpando a garganta e deixando o copo vazio em cima da pia. — Sua mãe é uma mulher legal e boa para mim, gosto da companhia dela. Mentiu.

Wednesday viu nos olhos dela que ela estava mentindo.

— Então você precisa de terapia, ou abrir os olhos. Não sabe o quanto essa mulher é má. — Decidiu deixar a outra com essa pulga atrás da orelha, se aproximando ainda mais. — Por exemplo, você não achou muito estranho eu ter dormido a tarde toda? Coisa que não costumo fazer...

— Você estava dormindo? Sua mãe disse que tinha ido para a casa de uma amiga. — Enid franziu o cenho, trincando o maxilar, ficando visivelmente irritada e aquilo foi uma visão gostosa demais que Wednesday agradeceu aos céus por poder vislumbrar nesse momento.

— Acho que ela não é sincera com você, Nid.

"Nid". Não era a primeira vez que Wednesday a chamava assim, mas aquilo saindo da boca da menor, deixou a Sinclair louca.

As mãos da morena pousaram no abdômen da loira, se permitindo tocar a pele firme da mulher, não vendo nenhuma relutância da parte dela.

— Você é tão linda, não sei se é sorte dela ou azar seu. — Revirou os olhos escuros em desdém, sentindo as mãos de Enid caírem sobre o quadril perfeito. Ofegou com aquele aperto no local. Ela tinha uma pegada tão quente, um simples gesto amoleceu Wednesday.

— Notei que você anda me provocando bastante, pirralha... O que ganha com isso hein? — Disse baixo e bem próximo da orelha da morena, descendo o rosto até o pescoço, aspirando o aroma delicioso de sua pele.

— Eu ganho sua atenção, Nid! - Respondeu sincera, sendo levada pelos toques da Sinclair, deixando um gemido manhoso escapar ao ter o traseiro apertado com vontade. Sentindo as duas mãos afundando na sua carne.

— Cacete, garota! Você é uma delícia, naquela hora do almoço que usou esse pézinho de vagabunda talentosa pra me atiçar me deixou louca, tive que pensar em muitas coisas ruins para não ficar molhada e ter que resolver isso de um jeito que eu não gosto. – Admitiu se referindo à Marilyn. Wednesday tinha quase certeza.

Enid Sinclair finalmente havia caído na armadilha da Addams e agora não tinha volta, só aquelas palavras já mostravam que ela desejava ardentemente a filha de sua namorada

— Ela não dá conta, né? Eu consigo perceber, você parece nada satisfeita com esse relacionamento. — Atreveu-se a dizer, recebendo como resposta mais aperto forte no traseiro que arrancou da mais baixa um gemido que fora rapidamente contido pela mão livre da mulher.

— Não se esqueça que sua mãe está dormindo no andar de cima, pirralha. — Falou baixo, destampando aos poucos a boca bonita dela, deslizando o polegar pelo lábio superior, pressionando o dígito no inferior também, percorrendo todo aquele local vermelhinho e volumoso.

Enid estava desejando a filha de sua namorada, isso era tão errado e sujo, era tão perigoso, mas ela era tão gostosa e essa situação também.

— Nid, me beija... – Pediu com malícia e um pouco de manha, deixando beijinhos no polegar da mulher, ousando passar a língua úmida e quente na pele dela, deixando-a ofegante.

Aquilo foi o estopim para que ela tomasse os lábios daquela pirralha rebelde, iniciando um ósculo desesperado que foi muito bem retribuído por Wednesday que sorriu vitoriosa em meio ao beijo.

O beijo da loira era quente, ela sabia usar a língua e o beijo parecia se encaixar tão perfeitamente, como se suas bocas tivessem sido feitas para estarem juntas. As mãos firmes da mulher subiram novamente para a cintura da garota, apertando e marcando a pele leitosa por baixo daquele vestido curto de dormir, levantando o tecido da roupa até chegar na barriga, arranhando o local de forma desejosa.

Wednesday se deixava levar pelas ações da mulher, doando-se para ela enquanto sentia o sabor forte de menta da sua boca, decidindo que aquele era seu novo sabor favorito.

A mulher por descuido, e por estar aproveitando aquele momento, saboreando a língua da mais nova, bateu o cotovelo no copo de vidro que tinha deixado na pia, derrubando no chão e fazendo um barulho estrondoso.

Foi questão de segundos para que passos fossem ouvidos, deixando ambas sem reações.

Era Marilyn.