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Gyutaro estava se alimentando, mais uma vez era a caçada de Daki que estava lhe fornecendo alimento por que ele se sentia muito patético ultimamente para fazer qualquer coisa

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Gyutaro estava se alimentando, mais uma vez era a caçada de Daki que estava lhe fornecendo alimento por que ele se sentia muito patético ultimamente para fazer qualquer coisa. A carne era de uma garota que estava de passagem e com uma aparência decente de acordo com sua irmã, mas para ele tanto faz, comida era comida. Mas de qualquer forma ele teria de ser grato.

Todavia, isso tinha a quem culpar. Você.

Claro que tinha que ser uma humana patética como você que está manipulando sua mente de longe e sem ao menos perceber. Levando isso em consideração, ele é quem era patético, não? Está aqui sob efeito da sua presença. Esperando ansiosamente pela noite para poder te ver, para olhar para você. Tudo por você.

— Irmão. — chamou Daki.

— O que é? — ele estava de mau humor.

— O que aquela humana tem especial?

— Hm?

— Não se faça de idiota. Eu sei o que está passando na sua cabeça? Aquela humana tem te deixado estranho desde que a deixou viva.

— Não é nada.

— Irmão, achei que fosse me contar tudo.

— Mas eu não tenho a resposta, Daki.

— Sabe, eu a observo quando ela está por perto. Ela tem aquele olhar.

Gyutaro olhou para o nada sem entender o que ela queria dizer. Que olhar? Aquele que aquece a alma? Não, ele realmente não saberia por que sempre que você direcionou o olhar para ele só havia medo e pavor ali.

— O que quer dizer? — perguntou o mais velho.

— Hm. — ela cruzou os braços e fez bico como sempre — Esqueça isso. Se for matá-la me avise, quero saborear sua carne.

— Pensei que ela estava abaixo dos seus padrões.

A oni permaneceu em silêncio dando de ombros como uma criança mimada que era por dentro. Aquela parte dela ainda existia ali, mesmo depois que deixou a humanidade e abraçou a imortalidade.

Já você estava sentada do lado de fora da casa, havia algumas pessoas passando, era tarde os raios do sol estavam indo embora em breve. Havia um sentimento de melancolia ao olhar as cores que pintam o céu naquele dia. Hoje mais cedo você deixou cair um vaso caro que tinha vindo de algum lugar ao sul, então você apanhou da dona da casa. Ela simplesmente pegou um chicote que usava para animais e bateu em suas costas, por sorte estava vestida e isso amorteceu o impacto, mas ainda estava doendo.

Algumas lágrimas escorreram de seu rosto e você tratou de limpar logo para que ninguém te visse desse jeito, mas se visse, e ai? Fariam alguma coisa?

Nada nunca mudaria, sua vida era miserável e sempre seria.

Apesar de tudo isso, ainda existia uma vontade de viver dentro de você, de acabar com o sofrimento em seu peito.

Gyutaro, por outro lado, estava enlouquecendo de agonia. Preso no subsolo, ele rasgou a garganta de uma garota um dia desses enquanto pensava em você. Quando seus dentes afiados perfuraram a carne macia e sem vida ele pensou em você, sempre em você.

Essa noite ele teve que ser repreendido pela irmã mais uma vez. O que ele queria? Era matar a velha idiota que havia lhe machucado.

Ela não deveria tocar as mãos imundas em você.

Mas ele queria... Parado olhando para o sangue nas próprias mãos ele pensou em como queria te contaminar com a própria sujeira, tocar na carne macia de suas coxas, afundar as unhas na sua pele até sair sangue e então beber o líquido vermelho e viscoso que iria escorrer. Ah! Ele amaria demais.

Alguma coisa crescia dentro de si. Um calor que ele nunca havia sentido. Nunca. Em sua existência medíocre ele nunca tinha sentido essa necessidade tão carnal de ter alguém, não qualquer um, apenas você.

Voltando a você... estava andando de um lado a outro atrás da Orian Warabihime que gostaria de uma faixa nova, com a seda mais pura entre as que tinha ali em seu baú. Ela estava assustadora, hoje em especial, por que um príncipe, herdeiro que vinha de terras longínquas para vê-la, desfrutar de sua companhia, das histórias que ela tinha para contar e claro, do corpo.

— Vamos logo, onde está? — ela perguntou aos gritos.

— Aqui, senhora. — você disse entregando a seda vermelha.

— Ótimo, agora coloque em mim.

Assim o fez. A vestiu, a perfumou e limpou o quarto para que recebesse uma boa impressão. Sempre era assim e quando estavam apenas vocês duas algo saiu de sua boca.

— Senhora... — a chamou.

— Hm. — ela murmurou olhando para o espelho.

— Não te incomoda ter estranhos tocando?

— Hm, é por isso que eu converso com eles antes. — disse como se isso fosse a coisa mais simples do mundo.

— Mas mesmo assim...

— O que quer dizer? Acha que eu sou como essas prostitutas baratas? Essas vadias que abrem as pernas por qualquer trocado? Eu não sou assim.

— Não, não foi isso que eu quis dizer.

— Então melhor calar essa sua boca e fazer seu trabalho.

— Sim, senhora.

Naquela noite mais uma vez ele veio te visitar, enquanto o mundo trabalhava você dormia tranquilamente sob o olhar feroz de um demônio.

— Por que? — ele murmurou — Por que?

Little Monster - Gyutaro e Você Onde histórias criam vida. Descubra agora