CAPÍTULO 03

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Dois anos antes

Eram 06:23 da manhã quando acordei com o choro de um bebê, me levantei atordoada tentando lembrar porque estava ouvindo um bebê. Lentamente, os eventos recentes começaram a voltar para a minha mente. Ainda meio confusa, tateei ao redor da cama em busca do celular. Quando finalmente o encontrei, a tela brilhante me mostrou a hora e revelou que eu tinha dormido apenas duas horas.

— Bom dia para você também. — resmunguei, passando a mão no rosto. — Ok, já vou, tá tudo bem. — peguei a bebê no colo e me levantei contra minha vontade. Natasha parou imediatamente.

Com um suspiro cansado, fui até o banheiro. Quase caí para trás com o que encontrei olhando de volta no espelho, minha aparência estava horrível, acabada e cansada.

Voltei para a cama para colocar Natasha na cama, a coloquei com muitos travesseiros em volta.

— Lucky vigia ela aqui. — pedi para o meu cachorro. Lucky subiu na cama e como pedi, ficou vigiando a bebê enquanto eu fui me arrumar.

Corri para amarrar meus cabelos, lavar o rosto e escovar os dentes, tive que fazer bem rápido porque Natasha começou mais uma vez a chorar. Me sentia muito agoniada com aquela pressa toda e o choro fino e constante da bebê, é muito cedo para isso.

— Quem foi o inconsequente que deixou ela comigo? — perguntei resmungando. — Pronto voltei. — disse subindo na cama para pegar a bebê, assim que a deitei em meus braços ela parou de chorar um pouco. — Você deve está com fome de novo, e está fralda está pesada.

Troquei sua fralda, mas Natasha não parava de resmungar.

— Você está com fominha, né? Vou fazer a dedera, calma. — A aconcheguei nos seus braços, a bebê só para de chorar quando não está na cama, não sei como vou fazer a comida de Natasha desse jeito. — Tenho que correr para o mercado, ainda bem que tenho aquela lista que o Otávio me deu, vai ajudar muito. Não tenho ninguém para me ajudar com isso, talvez Clint, mas ele está viajando e não quero incomodá-lo. — divaguei indo para a sala. — Você tem sorte que meus cartões foram desbloqueados, se não estaríamos na miséria.

No final nem foi difícil fazer o leite, tive que fazer alguns malabarismo, mas consegui, pelo menos Natasha não ficou se esgoelando.

A bebê tomou tudo bem rapidinho. Senti a culpa assolar, Natasha estava com muita fome e eu ainda demorei. Faço uma anotação mental que da próxima vez não demorar tanto para fazer uma mamadeira.

— Lucky quando eu voltar te levo para passear, aqui está a ração. — apontei para seu pote depois que coloquei uma quantia considerável de ração. — Volto logo. — peguei minha carteira e as chaves do carro. O que estou fazendo da minha vida?

*

Para a minha sorte um supermercado estava aberto e tinha aqueles carrinhos com um tipo de bebê conforto, coloquei Natasha lá e comecei a pegar coisas para eu tomar café, estava mesmo precisando fazer compras. Natasha por incrível que pareça não chorou, ficou quieta olhando para tudo que é lugar, mas eu sabia que não duraria muito, então fui para a sessão infantil, entrei em uma parte que só tinha latas de leite e tinha uma variedade enorme com várias coisas e vitaminas. Otávio me deu uma lista, mas não especificou a marca e qual dessa variedade de leites tenho que comprar.

Por sorte apareceu uma funcionária, ela estava repondo alguns pacotes.

— Bom dia senhora! — desejei sem jeito. — A senhora pode me dizer qual desses leites é indicado para um bebê?

— Quantos meses tem sua bebê? — ela perguntou olhando para a Natasha no carrinho. E eu acho que fiquei sem respirar porque eu realmente não sabia quantos meses ela tinha, olhei para Nat e depois para a mulher, ela parece ter captado meu desespero. — Não sabe quantos meses sua filha tem? — ela parecia indignada.

Bring me to lifeWhere stories live. Discover now