Dois anos atrás
No dia da consulta o médico que nos atendeu parecia mais um policial fazendo perguntas e uma mais difícil que a outra, levei um sermão quando o médico disse que uma criança precisava de um caderno de vacina e um monte de coisas, ele só parou quando eu disse que tinha adotado ela e que Nat não veio com esse caderno. Não seria fácil dizer que ela simplesmente apareceu na minha porta, então essa foi a justificativa que encontrei.
Ele providenciou esse tal do caderno e chamou uma enfermeira para aplicar a vacina.
— Está nervosa, mamãe? — disse a enfermeira, com um sorriso curioso que me deixou desconcertada. Em cada frase, ela se referia a mim como "mamãe", o que soava estranho. Eu mesma ainda não sabia exatamente como me senti com esse título.
— Bem... você vai enfiar uma agulha na minha... filha — respondi, completando rapidamente e tentando esconder minha apreensão. — Não tem como não ficar nervosa.
— É para o bem dela — retrucou a enfermeira, com a calma de quem já havia dito isso mil vezes.
— Se você diz... — murmurei, tentando ignorar o frio na barriga que não me deixava relaxar.
— Segure ela com firmeza para quando eu aplicar ela não se mexer tanto. — a enfermeira instruiu. Eu obedeci ajeitando Nat no meus braços, ela está acordada, um pouco sonolenta mas está acordada.
— Pronta? — ela perguntou se aproximando com a seringa.
— Sim. — Não. Eu quis dizer.
A enfermeira passa um algodão na perninha de Nat e posiciona a agulha e eu virei meu rosto para olhar apenas para o rostinho de Nat. Eu sabia que a enfermeira já tinha começado quando Natasha começou a chorar e se contorcer, eu tive que aumentar a força para ela não se mexer tanto. Meu coração galopava e senti ele se quebrar com o choro dela, sua expressão de dor.
— Pronto. — a mulher se afastou deixando a seringa de lado e colocando um band aid no lugar que fora aplicado a vacina.
— Tá tudo bem, já acabou, vai ficar tudo bem. — sussurrei para Nat, balançando ela devagar.
— O efeito começa em 48 horas.
— Efeito?
— Sim.
— Ela vai continuar sentindo dor?
— Infelizmente sim, mas é normal, vai passar naturalmente em dois ou três dias. — a enfermeira informou. Me pergunto se era para eu ficar tranquila.
— Quais são os efeitos? O que devo fazer? Que remédio tenho da? — questionei tentando ao máximo obter mais informações. A enfermeira sorriu genuinamente, ela entendia meu desespero.
Nos próximos minutos ela me explicou tudo o que eu deveria fazer e o que não fazer, o que ela iria sentir e como eu iria ajudar a aliviar a dor. Foi como uma aula, tratei de absorver tudo e gravar na minha memória.
E como previsto os efeitos começaram e Nat não parou de chorar, a perna dela ficou dolorida e inchou um pouco então eu tinha que tomar muito cuidado para não magoá-la. Tentei deixá-la na cama mas Nat não quis de jeito nenhum, ela só quer ficar no meu braço, o que dificulta tudo, mal posso comer, tomar banho, trabalhar, levar Lucky para passear, até o coitado do cachorro pizza saiu prejudicado. Tudo por causa dessa vacina.
As vezes quando tenho certeza que Nat dormiu coloco ela no carrinho e fico balançando ela, nesse intervalo vou tomar banho como algo, levo as roupas até a lavanderia e às busco, chamo meu amigo para levar Lucky para passear.
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Bring me to life
FanfictionClint e Wanda conseguiriam um acordo de trazer Natasha de volta, mas apenas com uma condição, ela voltaria como uma criança e para uma pessoa aleatória, essa pessoa é Kate Bishop. Alternando entre o passado e o presente. Fazem quatro anos desde que...