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Jeongguk traçou a cicatriz fraca de sua marca com as pontas dos dedos.
Mesmo com o vapor do banho embaçando um pouco o espelho e sua visão, ele a via, e mesmo se não visse sabia exatamente em que posição tocar para sentir o relevo da cicatriz, agora quase inexistente, sob as pontas dos dedos.
Ele se lembrava de como tinha sido a sensação de ser marcado por Jihoon, como eles conversaram até decidir, como tudo ocorreu com tanto cuidado e amor. Se lembrava de que depois da marca não existiu um dia em que eles dois não soubessem como o outro estava se sentindo e isso facilitava muito a convivência e a atenção que davam um ao outro.
E então Jeongguk se lembrava do silêncio que a marca se tornou. Se fechasse os olhos ouviria um zumbido mudo, como se seus ouvidos estivessem submersos em águas profundas e frias, este que lhe atormentou por meses, que o fez definhar e se entristecer cada dia mais. Se lembrava de como foi difícil naqueles primeiros meses entender a perda e se confortar.
E agora, Jeongguk ainda olhava com tanto amor para a cicatriz que ainda estava ali, sentindo lá no fundo do peito a forte vontade de que ela lhe dissesse algo, mesmo que estivesse se sentindo bem e tranquilo, talvez apenas por conta da saudade que nunca deixaria de ser presente. Ele se perguntava se a marca desapareceria de fato um dia, para dar lugar a outra, e como se sentiria sobre isso. Naquele momento, não sentia nenhum sentimento ruim, sabia que poderia ser inevitável e mesmo que pudesse sentir saudade, em sua alma sempre estaria gravada a marca de seu primeiro grande amor.
Jeongguk saiu do banheiro com calma, esfregando os fios escuros com uma toalha para secá-los, enquanto outra pendia em seu quadril. Ele sabia que o celular estava vibrando em cima da mesa de cabeceira a cada alguns minutos, mas resolveu ignorar durante todo seu banho quente e relaxante naquela manhã de domingo silenciosa.
Ao pegar o aparelho para conferir, viu que não era ninguém mais que Jimin lhe enchendo de mensagens, e um pouco de drama, dizendo que o almoço daquele dia era em sua residência e já estava sendo preparado.
Jeongguk riu de todas, principalmente de uma das últimas que dizia: "Agora que tem novos amigos não me ama mais" e foi vestir uma roupa para poder preparar o café da manhã e acordar as crianças.
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O ômega começou por Haerin. Se ajoelhou ao lado da cama dela, envolvendo o corpo da filha, que estava todo embrulhado no cobertor quentinho, entre os braços, e lhe encheu de beijos e cheiros.
— Papai... — Hae resmungou uma reclamação, se mexendo até estar de frente ao pai, mas ainda de olhos fechados.
— Acorda sua dorminhoca. — Gguk pediu, dando uma leve mordidinha no topo do narizinho dela, que a fez se contorcer com cócegas.
— Nãooooo!
— Siiiiiiim! — Jeongguk imitou, achando uma graça. — Vamos, acorde. Tio Ji está no esperando para almoçar.
Ele tinha que assumir que tinha extrapolado o horário de dormir na noite anterior, se deixando levar pelos pedidos dos filhotes e assistido dois filmes infantis até o início da madrugada, ficando os três com sono o suficiente para acordar tarde no domingo. Não que Jeongguk não tivesse cansaço o suficiente para acordar tarde em qualquer dia, mas os filhotes sempre acordavam cedo, até mesmo nos feriados, com tanta energia que era bom Jeongguk estar acordado antes deles para evitar uma casa de cabeça para baixo.
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MEU LAR NO TEU CHEIRO | TK
FanfictionPara Jeon Haerin, o novo ano escolar trazia os mesmos desafios. Ela não queria sobrecarregar seu papai, Jeongguk, um empresário viúvo, que já tinha tanto com o que se preocupar entre o trabalho e o cuidado dela e de seu irmãozinho, Beom. Guardar seu...