VINTE E UM

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A manhã estava sendo calma, exatamente como todas as segundas-feiras tendiam a ser. Parecia haver um acordo mútuo onde as pessoas se davam descanso para iniciar a semana com tranquilidade, ou pelo menos era isso que Jeongguk pensava. Até aquele momento, para lá do meio da manhã, seu telefone não tinha tocado, sua secretária ainda não tinha batido em sua porta, o resto dos funcionários seguiam trabalhando sem lhe dizer nada e Jeongguk ficava quieto em sua sala, esperando pelo único compromisso que teria naquela manhã enquanto revisava documentos, analisava planilhas e assinava contratos.

Olhando pelos janelões da sala, enquanto tomava um café recém feito na cafeteira de sua sala mesmo, o ômega podia ver o dia mais azul e aparentemente mais fresco, como se a chuva que caiu o domingo inteiro, desde a madrugada, tivesse limpado o ar, a paisagem, tudo. O dia estava realmente mais bonito, parecia perfeito para fazer algo diferente, pena que era um dia de semana e com responsabilidades para lidar.

Jeongguk estava prestes a voltar ao trabalho quando o celular pessoal tocou, chamando sua atenção.

O ômega colocou a caneca, que tinha uma foto dele com Hae e Beom, com a frase "Melhor pai do mundo!", que ele tinha ganhado no dia dos pais do ano anterior, no apoio de copos da mesa e pegou o celular vendo quem estava ligando. Respirou fundo, fugando porque sentia suas vias aéreas úmidas demais, e atendeu:

— Você não me atendeu ontem!

Oi irmãozinho, estou bem, obrigada, tudo em paz, graças a Deusa. E vocês? — a voz animada e um tanto sarcástica de Eunchae encheu os ouvidos de Jeongguk que revirou os olhos.

— Estou bem, as crianças também. Estão na escola agora e eu na empresa. — Jeongguk resmungou.

Ele tinha tentado tanto falar com a irmã o domingo inteiro, mandado tantas mensagens e não recebendo resposta de nenhuma. Até mesmo ligou para os pais para ouvir eles dizerem que não faziam a mínima ideia de onde estava Eunchae, mas se desse 24h de sumiço eles iriam virar Busan de cabeça para baixo atrás dela.

Fui levar os aborrecentes à praia, estava um dia muito quente, e esqueci o celular em casa. Quando vi suas mensagens e ligações já era tarde da noite e eu só queria dormir. Foi mal. — Eunchae comentou. Os aborrecentes eram alguns dos sobrinhos, fosse Jeon ou Park.

Pela ausência de barulho que fazia através da ligação, Jeongguk deduziu que a irmã estava em seu escritório de advocacia super calmo também, apesar de não ser incomum receber relatórios de algum barraco que teve dentro da sala dela de duas partes que não estavam de acordo.

— Não, tudo bem. Era besteira que eu ia falar. — Jeongguk disse, mordendo a cutícula do dedo indicador.

Besteira?

— Humhum. — o ômega fungou.

Tá ficando doente?

— Não, acho que é só uma coriza pelo clima que virou de uma hora para a outra. _ Jeongguk fungou novamente.

Você está me enrolando, conta logo o que é. Você nunca me liga, só manda mensagem e olha lá. — Eunchae mandou. Ela conhecia Jeongguk bem o suficiente para ler ele até pelo modo que escrevia suas mensagens de texto e saber quando algo estava errado, ouvindo a voz então, era ainda mais fácil.

— Não ria. — Jeongguk pediu e já de cara ouviu uma risada de Eunchae, para sua consternação. Se Eunchae tivesse a oportunidade de ver a cara emburrada dele, com um bico enorme no rosto, teria rido ainda mais. — Estou falando sério.

Sim, desculpa. — Eun pediu, ainda com a voz risonha. Ela não fazia a mínima ideia do que deveria ser, mas já estava se divertido apenas pelo pedido do irmão. Tinha certeza que vinha uma história muito boa aí.

MEU LAR NO TEU CHEIRO | TKOnde histórias criam vida. Descubra agora