Capitulo 5

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A apresentação do projeto fora um tanto demorada, se formos levar em consideração a simplicidade do que me fora apresentado. Chanyeol, que novamente parecia o rapaz que conhecera quando cheguei à empresa, e não aquele rapaz sagaz com quem conversara no dia anterior, tentou mostrar que o projeto era bom, mas sem sucesso. Levantei alguns pontos negativos e, pouquíssimos, positivos ao fim da apresentação. Não lhes disse que demitiria praticamente todos, não os exporia daquela maneira.

Após o fim da reunião, percebendo que faltava apenas meia hora para o horário de almoço, os liberei mais cedo. Precisava de algum tempo para me preparar psicologicamente, odiava demitir pessoas, mas naquele caso era necessário.

— Vai demiti-los, não é? — Chanyeol perguntou-me, depois que todos seus amigos deixam o escritório.

— Pensei que já soubesse disso. — Arqueei uma das sobrancelhas ao respondê-lo.

— Só queria ter certeza... — Murmurou, derrotado. — Até mais tarde, Sr. Byun.

Acompanhei-o com o olhar até que saísse do escritório. Parte de mim sentia por ele, sua postura insegura e o olhar sem brilho comoveram-me, mas de nada adiantaria, já havia tomado minha decisão.

As posturas diferentes de Chanyeol me confundiam. Seu ar confiante, até um pouco arrogante, e sagacidade no dia anterior mexiam comigo, e sua faceta insegura despertavam um sentimento de cuidado em meu âmago. Queria entender o que o fazia mudar tanto diante das diferentes situações, desejava cada vez mais descobrir qual era a real personalidade daquele rapaz alto, orelhudo e portador do sorriso mais assustadoramente lindo que já vira.

Kris despertou-me de meus devaneios ao passar pela porta do escritório, não o vira sair. Sua expressão não era das mais felizes do mundo, mas nem poderia imaginar o que ocorrera. Após trancar a porta virou-se para mim, seus olhos pareciam me analisar, como se estivesse confuso sobre algo em mim.

— Trouxe nosso almoço. — Disse-me, colocando suas sacolas sobre a mesa ao meu lado.

— Não me lembro de ter pedido isso. — Arqueei uma das sobrancelhas.

— Por favor, não quero discutir hoje. — Passou a mão em meus cabelos, parando-a em minha nuca.

— Por que está tão dócil?

— Seu pai precisa da minha ajuda, vou ter que viajar por uns dias. Meu voo é no final da tarde.

Passou um dos braços envolta de minha cintura, puxando-me para mais perto de si, enquanto sua outra mão massageava minha nuca. Seus lábios tomavam os meus com facilidade, sua língua deslizava sobre a minha, como se me provasse mais intensamente a cada segundo. Gemi abafadamente contra seus lábios, enquanto sentia sua ereção ser pressionada contra mim.

— Vamos pra minha sala. — Murmurei, puxando-o pela gravata azul marinho que usava.

Enquanto caminhávamos até a outra sala, sentia seu corpo colado ao meu. A voz sedutora, grossa e aveludada sussurrando obscenidades. As mordidinhas no lóbulo de minha orelha e pescoço causavam-me arrepios. As mãos rápidas já desatavam o nó de minha gravata, mostrando sua ânsia em me ter nu junto a si. Provavelmente a parte mais interessante de toda aquela experiência junto a Kris fosse o fato de ele me desejar tão ardentemente.

Fiz com que se sentasse em minha cadeira, queria ver suas expressões ao me ver tirar cada peça de roupa. Recostei-me a mesa, desabotoando minha camisa vagarosamente e sentindo o olhar de Yifan sobre mim. Podia sentir o calor em seu olhar, a vontade de sair daquela cadeira, rasgar minhas roupas e me foder da maneira mais selvagem que pudesse. Talvez essa fosse – secretamente – minha vontade.

Sexercize (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora