One Shot Miotela. - Embarcando na Turnê Vida com Ana Castela e Gustavo Mioto.
Histórias que não são reais, somente baseadas em situações imaginárias.
Não sou escritora, e escrevo meio que por hobby... serão capítulos aleatórios, mas quem sabe não...
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Ana Flavia
Eu estava sentada apoiada em meus joelhos vendo a imensidão da Fazenda. Fecho os olhos ao sentir o vento balançar meus cabelos enquanto observava os pássaros seguirem o horizonte ao pôr do sol. Solto toda minha respiração quando os meus pensamentos correm por toda São Paulo, indo direto a imagem da única pessoa que vêm me tirado o sono ultimamente.
As duas últimas semanas foram intensas, e apesar do cansaço eu me sinto realizada em saber de tudo o que tenho conquistado. A saudade de casa já estava machucando quando cheguei do último show, então aproveitamos os três dias de folga para descansar aqui na fazenda.
Meu refúgio.
Penso na conversa que tive com a minha mãe ontem, onde deixei todos os meus medos e anseios atravessarem as barreiras. Eu estava assustada com os sentimentos que eu tenho sentido nos últimos dias.
Minha saudade e minha insônia tem nome, sobrenome e uma conchinha gostosa.
Pego o celular e abro o aplicativo "notas" começando a escrever tudo aquilo que eu sinto vontade, mas tenho medo de falar pro Gu.
Tenho medo de achar que essa conexão que tanto parece ser intensa, seja loucura da minha cabeça e acabe machucando um coração que não pode ser machucado.
"Baby andamos misturando as coisas" "Mas quem pode nos julgar?" "Se a conexão foi louca, isso não dá pra negar"
E mesmo sentindo todo esse medo, não consigo mais disfarçar pra ninguém, e muito menos pra mim que estou perdidamente apaixonada.
"Disfarçar na frente da galera" "Se olhar querendo beijo agora"
Confessar pra mim mesma que estava apaixonada foi difícil. Ainda mais assustador quando eu precisei dizer em voz alta com todas as letras, que quanto mais perto eu ficava, mais eu queria que ele fosse só meu.
"Amizade só não vale a pena" "Tô sentindo que não é de agora"
Não é uma surpresa pra ninguém que isso iria acontecer. Eu sabia —e ele havia me avisado— que estava mexendo no fogo cruzado quando decidi flertar com ele. Ficar com ele e ainda melhor, trazer ele pra perto. A minha consciência grita "eu te avisei" e tudo o que eu consigo desejar é o Gustavo do meu lado.
"Mas eu não sei se foi uma coisa boa" "Será?"
Eu me lembro direitinho, no dia em que eu ouvi um certo alguém falando que, a gente só aprende amar, amando e a voar, voando. —sorri enquanto escrevia.— Gustavo é sábio, sabe perfeitamente o que quer, e mesmo quando não sabe, o Gu não se importa muito com o medo e segue em frente.
"É amizade, ou o que?"
Sorri ao concluir minhas anotações no exato momento em que sua mensagem aparece na minha tela.
