One Shot Miotela. - Embarcando na Turnê Vida com Ana Castela e Gustavo Mioto.
Histórias que não são reais, somente baseadas em situações imaginárias.
Não sou escritora, e escrevo meio que por hobby... serão capítulos aleatórios, mas quem sabe não...
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Ana Flávia Povs
Mais uma semana intensa de shows concluída com sucesso. Foram exatos 17 dias corridos na estrada, sem nenhuma válvula de escape. Os eventos Juninos consomem toda a agenda e a maioria são no Nordeste do Brasil, afinal, quando se trata de São João eles dominam tudo.
Respiro fundo ao me acomodar na poltrona do jatinho, sentindo meu coração se acalmar consideravelmente por saber que estamos indo finalmente para casa.
Já os meus pensamentos vagam com saudade do meu namorado. Fazem exatos 21 dias longe um do outro, eu já estou quase subindo pelas paredes de tanta saudade.
Ce tá doido, esses sentimentos ainda me assustam um pouco.
Quando saio dos meus pensamentos, percebo que já decolamos e estamos a caminho de casa. Meu corpo inteiro ansiava pelo calor do abraço da minha mãe e o cheirinho infantil da minha irmã. Vou me entregando ao sono enquanto ouço Bruna murmurar alguma coisa.
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Acordo com o chacoalhar do jatinho pousando em terra firme e sorrio ao olhar pela janela encontrando meus dois amores me esperando. Espero todas as coisas serem retiradas do avião antes de me levantar e caminhar para o lado de fora. E assim que desço, sinto um corpo pequeno agarrar minhas pernas.
—Oi Tata, que saudade. — minha irmã fala sorrindo, me olhando de baixo.
—Oi, pequena. — passo minha mão em seus cabelos, dedilhando o narizinho. —Eu também, morri de saudade todos os dias.
Fomos caminhando abraçadas em direção a minha mãe que estava um pouco a frente já cumprimentando meu pai e minha assessora. Quando chego mais perto, posso observar o sorriso mais caloroso da vida.
—Oi minha filha. — beijou a lateral da minha cabeça. — Tudo bem?
Meu mundo todo parou por alguns instantes. Coloquei minha cabeça em seu ombro, inalando seu cheiro doce, me sentindo em casa, mesmo sem estar.
—Mãe.... Que saudade! — me afastei um pouco dela, olhando em seus olhos agora. — Eu tô bem, juro. Mas to cansada até pra respirar bicho.
—Ai Ana Flávia, não fala isso minha filha... que horror. — minha mãe falou rindo.
—É uai, ce tá doido... vamo veio agiliza ai. — brinquei com o meu pai que ajudava a Bruna com as malas.
—Você tá vendo o cansaço dela né Michele? Já pode fazer tudo lá em casa que nem vai cansar, de tão engraçadinha que ela tá.
Revirei os olhos com o mau humor do meu pai. Apesar de estar acostumado com a estrada, em temporadas como essa — São João— que são muito intensas, acaba deixando ele tão cansado quanto eu. Mas agora serão dois dias até o próximo evento e depois serão quatro longos dias de folga. A gente tem tudo aqui agora, e não precisamos de nada lá fora quando estamos juntos — em família.
