Você é meu filho

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Cassandra desde que foi expulsa da casa em que morava com Mauro embarcou uma vida de luxúria e esbanjar o dinheiro que ganhou ao vender Medson. Ela soube o que Miguel fez com a filha, porém ela não se importou. Camila quando descobriu foi embora e por medo de ser rejeitada pelo pai está morando com uma amiga.

Cassandra estava em seu pequeno apartamento, pensando em como lidar com a situação em que se encontra, ela não controlou seus gastos e no fim ficou sem nada. Entre umas das suas viagens ela descobriu que Caio era um homem rico e influente. Decidida a se aproveitar da situação, fez uma pesquisa detalhada sobre Caio e descobriu a localização de sua empresa. Sem pensar duas vezes, ela se dirigiu até lá, determinada a obter dinheiro e poder através do filho que havia abandonado.

Ao chegar à entrada da empresa, ela viu Caio na frente da porta com Luana. Ela se aproximou sorrateiramente e tocou no ombro de Caio que se assustou, seus seguranças afastaram ela imediatamente.

— O que faz aqui?— Caio pergunta com o olhar frio e distante.

— Caio! Caio, meu filho!— Ela grita chamando a atenção das pessoas em volta.

— Filho?— Ele sorri amargamente.— Desde de quando sou seu filho?

— Filho... Como você pode renegar a própria mãe?

— Ah, Deus, só pode ser brincadeira.

— Eu sei filho, eu cometi um erro, eu era jovem tinha a vida toda pela frente. Mas estou aqui agora, buscando perdão e uma chance de recomeçar.— Cassandra aproveita que várias pessoas estavam em volta e começa chorar.

Luana percebe como isso o abalou e com um toque delicado segura em sua mão fazendo com que os ombros tenso de Caio se desfizessem.

— Perdão? Você só está aqui por dinheiro, não é? O que fez com a quantia que ganhou ao vender a própria filha para o diabo?

— Não, Caio, eu juro! Eu só quero consertar as coisas. Eu não fiz isso.— Cassandra diz sentindo o medo ao saber que Caio descobriu que ela havia vendido Medson.— Filho, me escuta.

— Você veio atrás de dinheiro. E acreditou que eu sou burro o suficiente para acreditar nessas lágrimas falsas?

— Não é isso, meu filho! Eu só preciso de ajuda!

— Ajuda? Você me abandonou quando eu mais precisava. Teve coragem de trocar a filha por umas notas de dinheiro. E agora quer minha ajuda? É tarde demais, Cassandra.

— Por favor, Caio! Eu vou mudar, eu juro! Me perdoe!— Cassandra sem saber o que fazer com tantos olhos julgadores em cima dela, ajoelha e tenta se aproximar dele. Seu rosto estava borrado pela maquiagem.— Eu te imploro, me ajuda. Estou sem nenhum dinheiro, vou ter que devolver o apartamento que aluguei aqui. Filho, eu vou acabar morando na rua.

— Implorar? Isso não vai funcionar comigo, Cassandra. A segurança vai te levar para fora daqui.

— Se acalma Caio, por favor.— Luana diz preocupada, apertando firmemente as mãos dele. Ela conseguia sentir como a presença de Cassandra estava mexendo com suas emoções, os olhos de Caio escureceram, as mãos tremiam e ela pode ver seu maxilar travar.— Eu estou com você, fica calmo.

— Eu estou bem não se preocupe.— Ele diz desviando o olhar de Cassandra para Luana que estava visivelmente nervosa.

— Não, Caio, por favor! Eu te amo, meu filho!— Cassandra diz tentando controlar a raiva que surgiu por ele negar ajuda-la.

— Ou vai embora agora por conta própria, ou será retirada daqui à força. Eu não me importo com o que vai acontecer com você. Seguranças, por favor, levem essa mulher daqui.

Cassandra começou a causar um alvoroço, gritando o nome de Caio. Os funcionários olhavam atônitos para a cena, sem saber o que fazer diante daquela situação inesperada.

Caio que caminhava ao lado de Luana para ao ouvir Cassandra gritando.

— Ah, que saber moleque idiota... Eu descobri quem você é e sei do seu sucesso. Eu quero uma parte desse dinheiro. Você é meu filho e esse dinheiro é meu por direito. E se não me ajudar eu juro que acabo com sua reputação.

Caio se virou e sorriu amargamente.

— Você acha mesmo que pode me chantagear, Cassandra?— disse ele, com um brilho desafiador nos olhos, Cassandra ao enxergar o ódio que transmitia deles recua.

Cassandra foi levada pelos seguranças, gritando. Caio assistiu à cena com um misto de tristeza e raiva, sabendo que as sombras do passado ainda o assombravam. Ele segue o caminho com Luana e o olhava apreensivo, mesmo depois de tantos anos conhecendo Caio, ela nunca chegou a ver ele tão transtornado.

— Você está bem?— Ela pergunta virando de frente para ele. Caio a olha e sorri.

— Estou, eu já sabia que um dia isso isso acontecer...

Seus olhos desviam para o motorista que seguia seu caminho em silêncio, mas isso demorou alguns segundos, logo eles estavam nos de Luana.

— Sempre estarei aqui por você, tudo bem?

Caio concorda com a cabeça e com um gesto inesperado abraça Luana.

— Obrigado! Ter você comigo sempre me deu uma força que nem eu sabia que existia.

Ao chegar no restaurante a conversa entre eles flui tranquilamente, fazendo Caio esquecer do que presenciou. Após o almoço ele a leva de volta para o escritório se despede e vai ao encontro com Fabrício.

— Pronto?— Fabrício perguntou percebendo a tensão que exalava dele.

— Sim! Para acabar com homens iguais a ele, eu nasci pronto.

Enquanto os dois estavam a caminho do galpão, o telefone de Fabrício toca. É Oliver na linha.

— Oliver, Já estamos chegando.

— Senhor... não venha. Pode ser perigoso.— Oliver diz com a voz ofegante. Fabrício mal consegue entender o que ele está falando. Até que ouve um tiro.

— Oliver, Oliver.— Fabrício grita preocupado.

— Senhor, a irmã do Miguel... invadiu e conseguiu levar ele... todos nossos homens estão mortos.

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