Para que médicos?

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Fabrício murmurou baixinho, quase inaudível, mas foi o suficiente para ela ouvir. Medson se virou, ficando de frente para ele.

— Sabe? Como você sabe? — ela pergunta, sem entender.

— Eu não sei se esse é o momento, mas eu preciso te contar a verdade. — Fabrício diz, com um tom de nervosismo na voz.

Medson não consegue esconder o olhar de confusão. Ela podia sentir a ansiedade no ar, a expectativa pairando entre eles.

— Me fala, estou ficando preocupada. Por que sinto que está nervoso? — ela pergunta, com a voz suave e preocupada.

Fabrício respira fundo, tentando reunir coragem para dizer o que estava guardado há tanto tempo em seu coração.

— Medson, eu... eu sou o seu melhor amigo, o seu primeiro amor. Sou eu... Sei que não deveria ter ficado em silêncio sobre isso, mas por medo não consegui te dizer antes. Preciso que saiba que eu nunca deixei de te amar, mesmo depois de todos esses anos.

Medson fica paralisada, sem palavras. Ela sente o coração disparar, a emoção invadir sua alma. Ela não conseguia acreditar no que estava ouvindo.

— Fabrício... é mesmo você? — ela sussurra, com os olhos cheios de lágrimas.

Fabrício se aproxima um pouco mais, sentindo o coração acelerado, a respiração entrecortada.

— Sim, princesa. Sou eu. E eu só quero te fazer feliz, te ajudar a superar o passado e poder estar com você em todos os momentos.

Medson não consegue conter a felicidade que a invade. Ela estende as mãos lentamente, buscando seu rosto, e delicadamente desenha os traços que tanto lembrava.

— Eu não posso acreditar que você está aqui, que esteve ao meu lado todo esse tempo. Fabrício... Mesmo sem saber que era você, quero te dizer que nunca te esqueci. E mesmo nessa escuridão que vivo, seu sorriso nunca saiu dos meus pensamentos. Meu Deus, como eu não percebi isso antes?

Fabrício a abraça com força, sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto. Eles se separam lentamente, Medson tocou em seu rosto novamente e sorriu. Fabrício encarou seus olhos e delicadamente limpou suas lágrimas com a ponta dos dedos, e sem conseguir reagir sentiu os lábios de Medson tocando os seus repentinamente. Por curtos segundos ele não conseguiu corresponder, sua iniciativa o pegou de surpresa, fazendo seu corpo paralisar, mas segundos depois retribuiu o beijo, guiando-a com delicadeza.

Fabrício deslizou uma das mãos na cintura de Medson, a trazendo para mais perto, aprofundando ainda mais o beijo. Quando ela pensava que ele ia separar seus lábios dos dele, Fabrício a beijava ainda mais lento, sem pressa nenhuma para acabar. Quando enfim o beijo foi encerrado, Medson encosta a cabeça no seu peito e ele envolve seus braços em um abraço apertado, a fazendo sentir segura como nunca sentiu.

— Você não sabe o quanto esperei por isso.

— Fabrício... Obrigada. — Ela disse, entrelaçando seus dedos nos dele.

— Pelo que?

— Por estar comigo, me protegendo e me dando o apoio que eu precisava para seguir em frente.

— Medson, eu amo você, digo, amo vocês. — Fabrício diz, deslizando sua mão para a barriga dela. — Eu quero fazer parte da sua história, não posso apagar o passado e as feridas que carrega, mas posso estar aqui para te ajudar a superá-las e a construir um novo futuro juntos. Não vou prometer que sempre vou acertar com vocês, mas posso prometer que farei até o impossível para fazer vocês felizes e sempre estarei ao lado de vocês, não importa o que aconteça.

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