A morada dos mortos
Gwen estava andando por um labirinto que parecia não ter fim, cercada por paredes altas e escuras, que pareciam engolfá-la em uma névoa de sombras. Cada passo que dava era abafado pelo chão de pedra gélida e irregular, e o eco de sua voz se perdia em meio às curvas e bifurcações intermináveis do labirinto.
- Olá!! Tem alguém aí? - sua voz ecoou fraco, reverberando por um momento antes de se dissipar na escuridão que a envolvia. Nada mais respondeu, apenas o silêncio pesado e inquietante.
As paredes do labirinto eram como um véu impenetrável de escuridão, onde apenas lampejos tênues de luz se infiltravam em raros intervalos, obscurecendo os contornos das passagens estreitas. Uma névoa fria envolvia o ambiente, acariciando sua pele com um toque gelado e úmido. Cada curva parecia mais estreita e opressiva, e Gwen sentia como se o labirinto se ajustasse e torcesse ao redor dela, dificultando ainda mais sua passagem.
À medida que avançava, sombras sussurravam nas passagens mais profundas, como se tentassem atraí-la para o desconhecido. O cheiro de enxofre e cinzas pairava no ar, e a sensação de que algo obscuro e maligno se esgueirava à espreita crescia em sua mente. Gwen continuou chamando, implorando por ajuda, mas seu eco era tudo o que encontrava em resposta.
Ela finalmente se deu conta de que estava presa na morada dos mortos, onde a realidade e o delírio se fundiam em uma confusão vertiginosa. O medo crescia dentro dela, mas ela continuava sua busca incansável, movida pela esperança de encontrar uma saída ou encontrar alguém que pudesse aliviar seu desespero. O labirinto parecia refletir a própria essência do inferno, mantendo Gwen em seu domínio eterno e inescapável.
Gwen caminhou por aquele labirinto até encontrar alguma saída. A cada curva e bifurcação, ela buscava um caminho para escapar do cativeiro sombrio. Foi então que um dos caminhos a levou a um lugar onde havia um riacho imenso e uma densa névoa pairava sobre a superfície da água. A corrente do rio parecia tão profunda e sinistra que ela quase sentia como se o ar ao seu redor estivesse envenenado pelo peso do nevoeiro.
No meio do riacho, flutuavam vários barcos de madeira velha, cobertos por algas e marcas de desgaste. Os remos pendiam inertes, como se estivessem esperando para transportar alguém por aquele rio misterioso e sombrio. O silêncio do local era quase palpável, quebrado apenas pelo sussurro distante do vento e pelo ocasional estalo das águas batendo suavemente nas margens.
Gwen ergueu a cabeça e sentiu o ar gélido tocar seu rosto, enquanto murmurava para si mesma: - Esse deve ser o Rio Estige. Ela sabia que, de acordo com a mitologia, esse rio era o limite entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, um ponto de passagem para aqueles que estavam destinados à morada eterna.
Com o coração acelerado, Gwen olhou ao redor, tentando entender como poderia atravessar aquele rio, buscando uma maneira de alcançar a margem oposta e sair daquele labirinto de trevas.
Gwen avista um Caronte que estava a sua espera, parado na margem do Rio Estige. O barqueiro, com um olhar profundo e enigmático, parece observá-la em meio à névoa. Ela hesita por um momento, mas, movida pela necessidade de escapar daquele labirinto sinistro, se aproxima do barco que se encontra ali, próximo à margem.Caronte a acolhe com um gesto calmo e respeitoso, sem proferir uma palavra. Gwen sente o frio da madeira sob seus dedos enquanto ela embarca no pequeno barco. O barco balança suavemente com o peso de Gwen, mas Caronte, com sua experiência ancestral, parece ter o domínio sobre a embarcação.
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Zodíaco - Nas Profundezas do Submundo
FantasiGwen, uma bruxa do Zodíaco do signo de Áries, é capturada e aparentemente morta pelos sacerdotes. Suas irmãs, desesperadas para entender o que aconteceu, descobrem que o Zodíaco foi alterado e portais para outras dimensões foram abertos. Em meio a e...