Noite sem Sol
Céu turvo, noite escura e vazia,
Nas mãos, uma lamparina balança sem vento,
Vagar sem propósito tornou-se lei.
Cativo, busco estrelas perdidas,
Cadentes, jogadas ao solo,
Sinto saudades do astro-rei.
Mas como, em tamanha agonia,
Cultivar esperança ainda aguentei?
Sem Sol, sem vida,
A noite perene, sem crepúsculo ou alvorecer,
Como flores fúnebres, devorando o destino,
Numa eterna noite sem Sol hei de viver.
Segredos Prateados
Mascarado, divertiu-se enganando,
Ordenando, cativou sem pesar,
Nas trevas, uma melodia noturna,
De Dó ao Sol, Ode à Lua,
Mas juras e promessas são eternas,
Exceto quando obscurecidas,
Não há luz da Lua sem fonte externa,
Uma hora, tudo vem à tona,
Seus segredos prateados se desintegram.
Sombra-Iluminada
Mesmo em meio às trevas projetadas,
Mesmo sem qualquer fonte de luz primária,
Mesmo com melancolia declarada,
Mesmo sentindo dor desnecessária,
Sem mesmo estar acesa ou apagada,
Sem a mesma cintilante emissária,
Sem ti, serei luz-assombrada.
Senti, serei sombra-iluminada.
Espectros e Brumas
Há, na luz, grande refratário,
Cores do vermelho ao violeta,
Fóton a fóton, talho a talho,
Revela segredos, amplia o cenário
Permitindo-me árduo prazer.
Sol Escuro, Noite em Claro,
Imagino saber viver,
Sem as brumas,
Um espectro apagado,
Zanzando à noite
Sem nada ver.
Cor e luz, luz e compasso,
Choro perdido em busca de destino,
Sobre o chão ainda flutuam
Brumas lilases,
Espectros opacos,
Careço de Sol para renascer.
Penumbra
Oculto, nas trevas de uma noite inacabável,
Há ainda um vislumbre de luz solar,
Brilhando, disfarçado e prateado,
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Diurnos
PoetryQuanta coragem é preciso para estar sob o Sol? Diurnos é uma antologia poética baseada em capítulos intitulados "Sóis" onde cada um dos poetas e poetisas nos trazem diferentes perspectivas com poemas que remetam a revelações de emoções e sentimentos...