Tempo
Pedi ao tempo:
Passe mais devagar
Ao que o tempo me respondeu:
Não sou que estou passando
Lua
Não sou o Sol
Para obedecer o tempo
Não tão grandiosa
Pra perdoar
Os erros
E te dar um novo amanhã
Como se nada estivesse acontecendo
Sou como a Lua
Sou tua
Causo marés
Mas perco a fé
se você não vier me namorar
Não sou estrela, para me procurar
E fazer um pedido
Mas posso gritar
Dou um grito
Se não observar
A minha morte
Vai ter sorte, se eu desaparecer
Sou o vento
Por um momento
Te levo comigo
Mas em outro
Posso não estar contigo
Tiro seu ar, caso eu precise
Parte de tudo
O sol, o vento
O momento
Que não é certo, mas É
Que corre
O asfalto, e a chuva
Meus pés com pressa
Se eu peço essa ajuda
Veja, se apressa
A luz, quase sempre amarela
quando branca, me assusta
Eu acendo uma vela
Peço socorro quase sempre
Andando no asfalto, agora quente
Os pés descalços
Grito alto
PARO
E a chuva na minha pele
Não fica, se DESPEDE
Escorre
QUE PORRE
Não ter pra onde ir
Porque as luzes
amarelas
Não te assustes
Não são brancas
Não há outra cor
Que seja perfeito
Outra dor
Que me lembre do mesmo jeito
Só um nome, só uma frase
Eu só queria parar de chorar por algo que aconteceu há dois meses
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Diurnos
PoetryQuanta coragem é preciso para estar sob o Sol? Diurnos é uma antologia poética baseada em capítulos intitulados "Sóis" onde cada um dos poetas e poetisas nos trazem diferentes perspectivas com poemas que remetam a revelações de emoções e sentimentos...