Prólogo

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03:35, Julho de 2024

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03:35, Julho de 2024

O ar frio da madrugada bate contra meu rosto, enquanto desço os degraus do avião particular que Logan comprou recentemente.

Ainda de cabeça baixa, sinto a pressão do soco que Derick desfere em meu ombro esquerdo.

— Não me diga que ficou chateadinho por ter se mudado do México; aqui deve ter muitas gatinhas para você domar. Não é isso que você gosta de fazer?

Viro meu rosto para ele. Estou cansado demais por causa das más noites de sono.

— Vai à merda — é a única coisa que consigo dizer antes de ser repreendido por minha mãe.

— Damian, acabamos de chegar a um novo país e você já está xingando? Agora teremos de construir uma nova vida, filho — Cecília, minha mãe, diz antes de ir de encontro a Logan.

Logan se mantém com a expressão fechada e sua pose autoritária, o que não me é estranho.

— Ao invés de ficarem brigando como duas crianças, deveriam estar se preparando. Não tolerarei deslizes da parte de vocês e você, Damian, faça-me o favor de deixar o seu pau bem guardado dentro dessas calças. Viemos aqui para um único objetivo: eliminar aqueles que me devem.

Derick mantém os lábios espremidos, reprimindo seu sorriso.

Minha cabeça dói só de saber o que terei de enfrentar de agora pra frente.

Nunca quis estar nesse caos; na verdade, o que eu sempre quis era ter morrido há dez anos atrás, quando uma menina ridícula ferrou com toda a minha vida.

Nunca quis estar nesse caos; na verdade, o que eu sempre quis era ter morrido há dez anos atrás, quando uma menina ridícula ferrou com toda a minha vida

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Essa cidade é até bonita, as casas têm uma decoração relativamente charmosa, algumas com árvores à frente, outras com flores e arbustos. Mas nada se compara ao México.

Não posso dizer que estou triste por ter saído de lá; o país é bonito, os costumes e a cultura também. Mas aquele lugar carrega todas as desgraças da minha história e, mesmo que eu tente fazer de tudo para esquecer, as marcas no meu corpo não me deixam fazer isso; serei para sempre um casco.

Minha atenção é capturada por uma moça que está passeando pelas calçadas. Sua pele negra brilha à luz do dia, e os cabelos, levemente cacheados, caem como uma cascata sob suas costas.

Derick brinca com ela; a coisinha pequena parece uma gata com raiva, nos xinga e continua a fazer seu caminho.

Não rebato. Seus olhos revelam um mistério, algo bonito e instigante, algo que não vejo há muitos anos...

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