Capítulo 4

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Acordo com gritos do meu pai do lado de fora da porta, senti rapidamente um calor atingir o meu corpo e então pulei da cama num salto

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Acordo com gritos do meu pai do lado de fora da porta, senti rapidamente um calor atingir o meu corpo e então pulei da cama num salto.

— ZOE, PEGUE SUAS COISAS E PULE A JANELA — ouço a voz de meu pai que grita, desesperado.

— PAPAI? O QUE ESTÁ ACONTECENDO? — grito de volta enquanto enfiava roupas dentro de minha mochila.

— A CASA ESTÁ EM CHAMAS, ZOE! FUJA E EU LHE ENCONTRAREI LÁ FORA — papai grita e pude perceber que estava com a voz chorosa.

Automaticamente entrei em pânico e minhas mãos começaram a tremer.

O medo estava consumindo os movimentos do meu corpo enquanto eu tentava cada vez mais me manter forte diante da notícia.

— FUJA PELA JANELA DO SEU QUARTO, VOCÊ CONSEGUE FAZER ISSO, FILHA? — papai grita.

—SIM — respondo rapidamente e então pude escutar seus passos partindo para longe da porta.

Olhei para a janela, meu corpo tremia e meu coração batia como um louco. Sem pensar duas vezes coloquei a mochila nas costas e juntei alguns móveis para alcançar a janela.

—AAARG — Gritei ao sentir o impacto da queda na área dos pés.

Me recompus e corri para longe, vi papai correr em minha direção com algumas malas nas mãos e então ele pegou minha mão me puxando para fora do gramado.

Mas o foi um grito que fez com que o sentisse como se o mundo estivesse caindo sobre as minhas costas.

Era Alice, havíamos deixado ela para trás. Parei de correr e virei-me rapidamente.

—ZOE! — ela gritou e pude ver que ela chorava.

—LICE! — gritei de volta e então corri novamente em direção a casa, mas senti os braços do meu pai me mantendo no lugar.

—PAPAI! ALICE FICOU PARA TRÁS E PRECISAMOS VOLTAR PARA BUSCÁ-LA — grito enquanto me debatia na tentativa de fugir de seu aperto.

—ELA ESTÁ ENCURRALADA, ZOE! SE VOLTARMOS IREMOS MORRER — papai grita para mim me apertando ainda mais.

— NÃO, PRECISAMOS VOLTAR, POR FAVOR — gritei enquanto me debatia, havia uma enxurrada de lágrimas caindo de meus olhos.

Eu ainda ouvia os gritos de Alice, mas foi o que aconteceu depois que fez com que meu coração caísse sobre meu estômago.

Um zumbido forte tomou conta dos meus ouvidos e a casa desmoronou em chamas na frente dos meus olhos.

Alice já não gritava mais e meu pai me puxava para longe.

Eu não perdi só a minha casa, perdi também a minha irmã.

Uma dor tomou conta do meu corpo e eu gritei.

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